quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Um amor de pessoa.

Não... Não vou ligar não...


Nem vou lá também não... Vou ficar aqui na minha... Se o telefone tocar a caixa postal atende... Deixe recado... Não vou retornar.

Nem pense que vou passar aí não... Nem me espere. Vou passar direto.

Sou ruim meu! Sou malvado.

Não me apego. Não me apanho.

Quando der vontade vou ligar, se quiser me atender bem, se não atender, azar o TEU.

Não perderei um minuto do meu precioso tempo em vão. Ah! Não vou mesmo.

Foi bom aquilo né? E não foi nada, poderia ser melhor. Eu faço você fazer o que eu quiser comigo, portanto mocinha, tome cuidado.

Não vou dizer que gostei, vou ser frio, calado, talvez até eu seja bicho.

Daí pra baixo.

Vou marcar às 22h e chegarei 23h30 bêbado. Reclamando. Nem aí pra você.

Bacana não?

Ah! A bolhinha de sabão?

Simples, só fechar a mão e estoura-la.




Depois de tudo isso eu acordo e volto pro meu mundo de cara bobo.



"Não tenho pressa, mas tenho um preço e todos têm um preço e tenho um canto. Um velho endereço. O resto é com vocês.O resto não tem vez".


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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Sem apertar.

Ela apareceu bem na minha frente... Toda singela... Sorriso misterioso... Olha fixo ao meu... Ela era tão colorida... Tão... Tão... Ah! Toda linda.

Aí! Eu todo encantado... Levantei minha mão, palmas pra cima e fiquei parado.

Mão parada...
Ela olhando, fazendo graça...
Mão parada...
Ela chegando... Colorida... Voando...
Mão parada (fingindo que nada queria)...
Ela chegou... Com a maior sutileza do mundo e pousou bem na palma da mão.

Bolhinha Colorida! De onde você veio?

Bolhinha Colorida do sorriso lindo...

Agora ando por aí todo feliz...

Eu e a Bolhinha Colorida... Ando com a mão espalmada... Não aperto, não seguro.

Deixo a mão aberta... Quando ela quiser boiar por aí... Ela vai.

Por enquanto ela ta aqui... Olhando-me... Tão transparente, me vejo em seus olhos... Às vezes ela finge que vai... Se mexe... Eu me preparo para o Tchau... Mas ela me engana e chega bem pertinho e me “beija” Fico com a boca molhada... Ela gosta dessas coisas.

E vou levando...

Eu e a Bolhinha Colorida.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Redenção.

Abri os olhos... Gosto de terra na boca... Vista embaçada... Luz do dia cegando-me.

Dor no peito, dor no corpo.

Levantei e sentei, olhei ao redor, um buraco frio e escuro. Mancha de sangue na farda. Altura do peito.

Susto.

Não quis tocar com medo de estar ferido, cabeça zonza, a mochila com toda a tralha e minha super faca ao lado.

Como caí aqui?
Será que fui capturado?
Será que pulei?

Cabeça vazia.

Olhei pra cima e vi uma ponta de corda, um palmo de corda. Enrolei-a ao punho esquerdo, puxei, consegui erguer meu corpo e o puxei com o braço direito, apoiei meu corpo com as pernas (doloridas) na rocha... Fui subindo, subindo...

Saí da gruta. Senti o Sol do dia, que dia é hoje? Que tempo? Onde?

Perguntas...

Subi.

A corda acabou, alcancei uma parte plana da rocha, rocha perfurada. Vou escalar...

Escalei.

Peito dolorido. Corpo atrofiado. Quanto tempo permaneci ali? E a guerra acabou será?

Alcancei o cume.

FÊNIX.

Sorri pro sol, pro céu, pro vento.

O vento batendo em meu rosto. Liberdade?

Abri minha camisa, verifiquei o suposto ferimento. Nada! Apenas um sinal e o sangue na blusa.

Cortei um pedaço da corda e a trouxe comigo, lembrança da redenção.

Vento forte aqui no cume. Peito nu. Retirei às botas. Dia quente.

De onde vem esse vento? Do norte? Do Sul? Deixei minha super faca com bússola lá embaixo.

Não quero saber de onde vem o vento nem pra onde vai.

Agora daqui de cima vejo o mundo pequeno. Sinto paz. Vou ficar aqui balançando as pernas no cume da montanha. Camisa aberta. Calça dobrada. Pés descalços.

Fim da guerra. Não ouço aviões... Nem explosões.

Acabou.


Eu não estou interessado em nenhuma teoria, nem nessas coisas do oriente, romances astrais. A minha alucinação é suportar o dia-a-dia e meu delírio é a experiência com coisas reais”.



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sábado, 26 de dezembro de 2009

Natal!!

Atento!


Cauteloso!


Andando em cascas de ovos...


Indo pela beirada... Pra não deixar rastros e não quebrar a telha.


Ano novo chegando... E esse novo ano será um dos melhores, se não o melhor!


Motivos pra isso tenho... É só ter cautela.


E o natal? Ah! deixa pra la.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Volto Logo.

.... Mosaicado.




tem peça jogada pra todo lado.




quando eu juntar alguma coisa aqui.... Apareço.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Vento do litoral

O toque.
O tato.
O aperto.

A pele.
O perfume.
A mão... Que toca.

A boca bonita.
Além de bonita diz...
Beija...
Cala...
Sorri... Ah! Boca bonita sorrindo...

Na noite nublada... Senti o vento.

Vento bom.

Vento que vem daqueles lados de lá... Ó... De lá.
Vento que vem... Do nada. Que chega sem perguntar se pode.
Vento que faz a gente sentir sua presença.

Presença.

O vento faz a gente sentir sua presença. Ele toca a gente. De leve, mas toca.


To aqui, sentado, sentindo o vento, ta quente, quente de verão aqui no litoral, calor que eu não gosto, queria sentir o frio do Sul.

Mas não posso.

Então, fico aqui à sombra sentindo o vento quente e úmido que vem dali.


Lembrei desta:

“ventos que arrombam janelas e arrancam porteiras...”

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Segunda-feira clara.

E não é que deu certo?

É só a gente querer... Esperar... Iluminar. O caminho ficou tão mais claro agora... Vi tudo direitinho.

Das recentes aquisições... Girocóptero, venda, capacete-lanterna, este último foi de grande valia.

No caminho iluminado enxerguei longe... Tive resultado prático.

Agora... Esperto que sou... Vou permanecer com o coração vendado, óculos meio embaçados e lanterninha ligada.


Dessa vez eu sei o que vou fazer direitinho. Não machucarei o punho na mesma ponta de faca.



“Por eu ser só um. Ah nem! Ah não. Ah nem dá...”.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Iluminar para não tropeçar.

E a lanterna que ilumina tudo?

Sabe aqueles capacetes que já vêm com uma lanterna? Aqueles que deixam as mãos livres para tocar/sentir.

Vou arranjar um desses.

Capacete-lanterna.

Quero ver antes de sentir, quero ver e tocar. São sentimentos iguais, pelo menos pra mim.

Ver, ouvir e sentir. Gosto disso.

Com meu capacete-lanterna vou poder entrar nos lugares escuros que sempre quis conhecer.

Grutas, cavernas, templos e vidas... Vidas. Quero conhecer vidas.

Pode até ser vida escura, afinal, terei minha super lanterna para iluminá-las.

Fico aqui, com minha lanterna a postos, bateria carregada pronta pro uso. Se, por acaso, eu observar uma pequena passagem, passagem misteriosa, ligo minha lanterna e vou... Sem medo. Vou descobrir as profundezas.

Vou poder dizer, vou poder ouvir, vou poder sentir... Estarei vendo. Ver é bom.

Andando sem medo de tropeçar é mais fácil, com meu All Star novo (modelo Off Road) vou me embrenhando mata adentro. Mãos tocando, ouvidos atentos e olhos espertos aos sinais.

Tão legal assim, caminho iluminado. Tateando o visível.



“Olhos que procuram em silêncio... Ver nas coisas, cores irreais...”.




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sábado, 19 de dezembro de 2009

Mergulho.

Eu sei, entendo... Tem dias, tem tempo, tem épocas que a gente quer ficar mesmo dentro da gente. Quietos.

É Normal. Ou deve ser, sei lá. Só sei que também tenho disso. Ontem mesmo, eu tive esse meu minuto de mim.

Abandonei tudo, no meio do nada e saí... Fui embora.

O importante é termos a noção do que precisamos. Mais importante ainda é sabermos a hora de voltar à tona.

Precisamos saber a hora de entrar.
Precisamos saber a hora de sair... De ficar.

Mas é fato! A gente nunca sabe, por isso que digo que entendo qualquer tipo de manifestação e todo mundo tem de entender. Se não entenderem, eles mesmos são quem precisam de um mergulho em si.

Vamos mergulhar então???


Ótimo Sábado e ótimo mergulho pra nós.



“Pois se é no não que se descobre de verdade o que te sobra além das coisas casuais”.


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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Eu sei que estou errado! Calma, vou aprender.

Vi que tava nublado, não coloquei a capa, me molhei todo.

Dias Depois...

Nublado, nada de capa! Molhado novamente...

Misturei às coisas. Tava na cerveja a noite toda, no final quis fazer bonito, mandei umas caipirinhas de Vodka... Resultado? Dia seguinte sem conseguir sair do quarto.

Passado alguns dias...

Noite quente, amigos, cerveja gelada, ahamm! Uma delícia, papo vai... Papo vem, amigo amigo, aparece com o quê?

Exato! Caipirinha de Vodka!

Fazendo bonito, alguns copos tomados, alguns limões chupados...

E??

Claro, dia seguinte sem conseguir abrir os olhos dentro do quarto escuro...

E assim eu vou... Não aprendendo com meus próprios erros... Que saco heim?

Antes de dormir coloco o relógio pra despertar, porém, esqueço de apertar um botão, como se fosse o PLAY do danado. O que acontece? Ele não toca! Resultado? Atrasado no serviço... Blábláblá do chefe querido.

Noites depois...

Cama, sono, lençol, travesseiro baixinho, relógio na cabeceira da cama, botão PLAY do danado desligado... DESLIGADO.

Atrasado, blábláblá... Dia tenso, dor de cabeça...

Preciso ser mais cauteloso. Prestar menos atenção e ser mais atento.

Preciso tanto aprender!

Tanto. Sempre cometendo os mesmos erros de sempre. Os punhos já não têm onde furar um furo novo... Sempre a mesma faca, o mesmo murro, a mesma ponta, a mesma mão.


Preciso de um basta!

Pelo menos reconhecendo isso, sei que é um passo importante.


“Vou errando enquanto o tempo me deixar...”.


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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Desconstruindo-me

Sou tão chato! Cheio de manias, traumas e preconceitos.

Tenho rinite.
Gastrite.
Sinusite.

Não sou loiro, não tenho olhos azuis.

Não sou alto.
Não sou forte.
Não tenho grana nem sorte.

Não falo Inglês, arranho o português. Tenho sono leve, não sei fazer conta de cabeça e ninguém (inclusive EU) entende minha letra.

Às vezes me calo.
Às vezes falo (demais).

Sou tão imperfeito.

Moro no litoral e não vou à praia, nas férias prefiro o campo, o mato, o bicho, a rede, a varanda o céu... O céu... No Céu tem estrela.

É! Gosto de estrelas... Gosto da Lua... Tá! Não sou tão imperfeito assim.

Mas sou chato... Sou sim e assim.

[Escrito na hora do almoço, após comer farofa... De ovo].


“Vivo num clipe sem nexo, um pierrô-retrocesso...”.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

BIC (rasuras e borrões).

Escrever a lápis é bom porque depois a gente apaga. Mas, desde pequeno, nunca gostei de escrever a lápis, sempre preferi caneta. Mesmo rasurando tudo depois.

No Primário, quando a gente só faz conta, usava o lápis o dia todo. Péssimo. Eu achava o lápis difícil, meio pesado, prendia na folha, tinha que colocar força.

Coisa pesada.
Coisa que prende.
Coisa com força!

Não é minha cara.

Aí! Devido a minha dificuldade com o lápis (mesmo apontado, mesmo Faber Castell), eu usava caneta. Sim! Mesmo na matemática, eu borrava tudo, rasurava, riscava, pra alegria dos professores.

A caneta era mais leve, corria suave na folha, sua tinta era forte.

A caneta me ensinou a ter cautela, pensar antes de escrever, aplicar menos força.

Com o tempo fui aprendendo e pouco rasurava, mas quando o fazia, sem nenhuma cerimônia, riscava tudo, ficava aquele borrão.

Nas provas, redação pra nota, trabalho em dupla, tudo riscado. Bem bonito.


E fui levando assim, sem rascunho pra ensaiar, sem papel pra fazer conta.


Era assim: pensando, fazendo, errando, riscando.

Depois inventaram o líquido corretivo, eu até usava, mas não tinha o mesmo charme das rasuras dos riscos. Só usava o ERROREX nas provas. Nas lições diárias era tudo riscado mesmo.


E vou levando assim até hoje. Escrevendo, errando, riscando. Sempre a caneta, pra arriscar mesmo e depois, se eu errar, RISCO TUDO, bem riscadinho.




“Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel, num instante imagino uma linda gaivota voar no céu...”.


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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Visita diária.

Sempre odiei (de ódio mesmo) animais presos.

Nunca quis criar passarinho, peixe, essas coisas... Bicho preso é inconcebível pra mim.

Tenho um cão, que não tem lugar certo em casa, fica onde quer, sai e entra quando quiser também, já tive gatos, da mesma forma. Vivia por aí.

Quem sou eu né? Pra manter alguém refém?

Pois!

Mas de uns dias pra cá! Algo tem me surpreendido, tem uma borboleta voando aqui nessas bandas de cá! Ela aparece todo dia aqui na minha janela. Ela me olha, faz seus gracejos e voa antes de eu perguntar algo.

O poeta disse: “borboleta é uma flor que o vento tirou pra dançar” Concordo.

Essa criaturinha colorida parece mesmo uma flor. Tão linda!

Tive uma idéia esses dias, mas vai de encontro às minhas práticas, queria capturá-la, mas com um único intuito, ver ela de pertinho, tentar falar com ela.

Mas pensei bem e cheguei a uma conclusão. Se ela quisesse falar comigo, já teria falado. Então o que eu faço? Fico aqui olhando. Apenas olhando!

Só queria dizer a ela que adoro suas visitas.
Que adoro suas cores.
Que adoro seu jeito de voar (dançar).

Borboleta! Volte sempre ta? E quando estiver confiante, se mostre.

Vou deixar a janela aberta! Entre se quiser.



“Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais... Querer saber demais”.




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domingo, 13 de dezembro de 2009

Filosofiazinha de Domingo. (ainda fora deste mundo)

Stress...
Depressão...
Síndrome do Pânico...
Obesidade...

Bem vindo ao Vosso planeta.

É o homem deixando de ser homem. É a perda de identidade. O sofrimento atual, essas doenças psicossomáticas, são frutos do nosso sentimento de “derrota”, de estar fora do círculo vicioso que nos cerca. Pertencimento. Hoje temos que pertencer. Quando por algum motivo o sujeito perde o pertencimento. (emprego, carro, esposa [marido], corpo sarado, rosto liso e etc.) ele se sente excluído do sistema, do mundo, ele deixa de pertencer. Deixando de pertencer deixa de existir, aí é que começa tudo isso que está ali em cima.

Portanto! A maior parte do mal da nossa sociedade (atual) é fruto da perda de identidade, queremos ser como os outros. Esses outros, são modelos impostos por quem detém o poder.

Botox.
Lipoaspiração.
Horas e horas de academia.
Salada e verdura.
Nada de álcool.
E afins...

Quem não se enquadra nesse sistema, está fora.

Cigarro.
Álcool.
Sedentarismo.
Horas e horas... Sentado lendo um livro, ou não.

Coisas dos séculos passados.

Agora não temos tempo a perder com isso não, temos que correr, correr, mesmo que seja na esteira. Corra!

Não podemos mais ser a gente mesmo, temos que seguir as tendências.

Tendências? De quem? Pra quem?

BALELA.

Quero beber minha Brahma gelada, curtir meu Rockn Roll e não sofrer de Stress.


Quero ser eu! Mesmo sabendo que eu não sou deste planeta. Mas serei sempre eu, no mundo dos outros.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Noite vendada.

Agora arranjei uma venda, aquelas de vendar os olhos sabe? Não as de vender.
Não quero vender meus olhos... Só preciso que eles fiquem mais quietos.

Mas a venda (recém comprada) não é para os olhos, para cegá-los bastam meus óculos embaçados de sempre... A venda é para calar o coração... Sim. Aquele sujeito que fica aqui perto e às vezes fala pra mais.

Agora sempre saio assim. Óculos embaçados e coração vendado.

Com o coração cego, sem poder falar, é mais fácil administrar às coisas. Agir com o sentimento nem sempre é a melhor saída.

Os mais exaltados irão dizer que é absurdo isso.

Mas o que fazer? Se já não quero mais (pelo menos agora) ver nem sentir.

Ontem o show tava ótimo. Emocionante.
Os amigos sensacionais de sempre.
A Brahma gelada. Maravilhosamente gelada, ainda mais na noite quente.

Depois do Show, teve bar de sempre lá (aquele das musicas de sempre, detalhe: Tocaram ALIVE a pedido meu).

Eu meus amigos e minha venda. Fantástico.

Disse isso tudo só pra mostrar como é possível viver bem, mesmo com o coração vendado e os óculos sujos.

Vou levando assim... Calado. Cego. Vendado.

Barreira anti-stress.


Mas quando tem lua cheia no céu... Não tem como não notar... Nessas noites... A venda, os óculos embaçados lutam para me cegar.


Hoje terminarei assim, como ontem me foi dito:

“Pares de olhos tão profundos, que amargam as pessoas que fitar, mas que bebem sua vida, sua alma, na altura que mandar. São os olhos, são as asas, cabelos de Avohai”.


Valeu Zé...
Valeu Venda...
Valeu Amigos...

Valeu...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Lua e Eu...

Desde pequeno a Lua me chama a atenção...

Acho que fui influenciado pelo meu pai. Ele, nascido no sertão nordestino, onde as pessoas percebem a natureza de forma diferente... Ou melhor, lá eles percebem, aqui quase não se vê essa tal natureza. Meu pai sempre me chamou pra ver a Lua em todas as suas fases. Explicava-me sobre suas faces... Suas cores... Suas datas (nunca gravei muito bem) Mas sempre amei ficar no quintal de casa o ouvindo falar dela...

Quando era Lua cheia, ele fazia a festa... Gritava me chamando. Pois, daqui de casa, quando a Lua ta cheia, ela nasce atrás de um morro, fica tão linda... Lá perto da praia. É Tão lindo de ver.

E meu pai conta as histórias de sua infância, onde não havia energia elétrica, então, a Lua os guiava nas estradas de terra. A Lua pro meu pai, tem um significado muito grande...

E claro! A Lua pra mim também tem.

Fui crescendo, tornei-me homem, como meu pai e agora quando vejo a Lua ela também tem um significado todo especial, lembro imediatamente da minha infância de aprendiz da Lua, lembro imediatamente do meu Pai (ele ainda está aqui ao meu lado, e ainda conta os causos da Lua), lembro de tudo.

Virei um admirador dela. Esses dias enquanto ia à faculdade, passava na avenida da praia e quem estava lá me dando Boa noite??

Ela!! Toda cheia, toda graciosa, deixando o Mar laranja, cor de fogo, claro! Imediatamente parei e eu não era o único, parei e fiquei ali até ela subir e ficar amarela, sim, porque primeiro ela fica toda laranja quando chega (tímida) depois ela vai criando coragem e vai ficando amarelinha... Vai subindo... Subindo e fica ali! Linda, amarela...

Voltando...

Parei e fiquei admirando, seu tom de fogo iluminando o mar! Pronto. Noite ganha. Nem precisava mais de nada. Cheguei atrasado, mas foi por uma nobre causa...

A Lua me hipnotiza! Quantas vezes tive que parar para vê-la.

Fiquei igual meu pai... Ele tinha toda a razão.

Ah Lua! Na noite nublada meu coração chove.

Volta logo Lua, volta!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Eu e ponto.

Então eu vou ser eu, sempre. Como é ser eu?

Vou explicar...

Ser Eu é estar em casa numa Quarta-feira qualquer, dum dia assim... Qualquer também, nem chuva, nem Lua. Quarta assim sem graça mesmo.

Eu olho pro relógio, 21h30, férias da faculdade, sem jogo na TV, sem filme, sem nada.

Trinta e Dois Reais na carteira, o suficiente pra entrar (R$ 10.00) e beber algumas cervejas... No Bar predileto, onde tocam as mesmas músicas (prediletas) e aonde vai o povo de sempre, nem tanto prediletos.

Sendo eu normal, tomo banho super rápido, coloco aquela calça lá, tênis que todos sabem qual e uma camisa qualquer.

E lá vou Eu... E VAI eu também. Ouço a música predileta, bebo a Brahma predileta, vejo às pessoas, nem tão prediletas. Pronto! Tive mais uma melhor noite da minha vida.

Sendo eu...

Sábado à noite! Pessoas em polvorosa, MSN’s, rádios, celulares, campainhas, buzinas, tudo, todos. Parecendo formigas quando a chuva se aproxima...

Sendo eu, olho pro relógio, 21h30, ligo a TV, desligo no mesmo instante, Ligo o som, fico aqui por alguns minutos e Durmo. Sábado, 22h não estou mais nesse mundo.

Sou Eu.

Sendo Eu, não tenho regras, nem lógicas, não tenho padrão. Nem dia nem noite.

Saio meia noite pra trabalhar.
Chego do serviço 09h45 da manhã e durmo até quando quiser.

Enquanto eu...

Sou assim, meio esperto, meio bom, meio mal.

Mas ó... Sou normal, bem normalzinho.

Só não sei muito bem o que vim fazer aqui nesse planeta ainda... Mas sou normal sim.


"Não vão embora daqui.... Eu sou o que vocês são..."


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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Segunda-feira nublada... Apertada, abafada.

Peito apertado...

Pensamento torto, sem fundamento. To assim hoje e não tem motivo algum, pois, tive um ótimo Domingo, dormi bem, porém, acordei desse jeito...

Você me disse:

“É assim mesmo, ninguém tem o dever de ficar bem sempre”.

É... Eu também diria o mesmo pra mim. (você sempre EXATA).

Passei o dia calado.
Pensando.
Olhando.

Cabeça solta.

Por que será?

”É encosto” diriam alguns.
“Reza um Pai Nosso”... Outros.
“Vamos beber uma que passa”... A maioria. Confesso que essa foi atraente.

Acordei assim. O dia foi assim, nublado, abafado. Querendo gritar... Contive-me.

Preciso voar... Mas primeiro preciso aprender como...



[sem musiquinha hoje].




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domingo, 6 de dezembro de 2009

Sem as medalhas da guerra.

E eu que pensei que...

Ah! Sei lá po, eu com meus preconceitos, esse meu recalque, experiências negativas ao longo desse tempo...

Sabe aquele lance de veterano de guerra que se assusta com bombinha?
Sabe aquele lance do gato escaldado?

É isso...

Todo cheio de cicatriz, paradigmas, normas e conceitos... Cheio de teorias.

Pois é, sendo esse assim, estava ali no lugar de sempre, as mesmas músicas, os mesmos olhares, o mesmo tipo, sendo o mesmo tipo, logo, o mesmo papo.

Eu, comigo, parado no mesmo canto, sendo normal.

Mas um dia desses decidi arriscar...

Vou abrir àquela porta, o mais legal de tudo isso, é que ninguém precisou se esforçar, foi tudo tão tranqüilo, suave, paciente. Com o maior cuidado do mundo. Perfeita.

O lance do singelo que tanto admiro agora tinha uma representação. E estava ali, ao meu alcance.

Rasguei o uniforme da guerra, joguei fora as medalhas que estavam fincadas no peito.

Agora do lado de ca, não penso mais em voltar. Abandonei aquele papo de:

“Mas...”
“E se...”
“Espere! Deixe-me...”.

Não tem mais.

Esses lugares de sempre... Mas que nem sempre têm pessoas de sempre...

Ah! Olha o que eu achei no meu bolso? Uma medalhinha da guerra. Vou trazê-la comigo, um trauma aqui... Outro ali, não há de fazer mal.



“Há um conflito um nó...
Eu difuso enfim...
Os pássaros vêm...
Me levar aí... Visitar o céu
E pra você levantar o véu pra mim.”

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sendo Nada para sentir Tudo.

Tênue... Sendo tênue.

Diminuído ao tamanho de uma formiga, bem pequeno, sendo assim, sou tênue, sou efêmero. Nesse momento um toque de um único fio de cabelo teu, será o suficiente para me balançar, continuo seguindo...

Sendo micro a sua respiração é um tufão, me leva me faz voar.

Sendo assim, desse jeito, sou capaz de sentir cada pedaço gigante teu. Cada fio de cabelo (uma floresta pra mim), cada ondulação do teu corpo são eternas dunas.

Sendo pequeno.

Percorro-te, vou conhecendo cada parte tua, demoro a chegar, sou pequeno, cada movimento teu é um terremoto pra mim, me seguro, me deito, pra não cair.

Sendo formiga posso te sentir...

Essa é a chave, ser pouco, ser tênue, ser efêmero, ser formiga. Sentir-te grande.

Um toque.

Um suspiro.

Um pequeno movimento.

Um piscar de olhos.

O barulho bom dos seus lábios...

São teus sinais... Que consigo captar... Sendo pouco.

Viu? Nem precisei ser gigante

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lição da Tarde

Podemos ver tantas coisas... Esses dias, sentado no banquinho (claro) vi um velhinho sentado no seu banco, o velhinho ficava olhando o mar, as pessoas que passavam logo a sua frente, olhava tudo bem olhado, às vezes ele sorria, às vezes ficava sério. Eu, daqui do meu lado achando àquilo fantástico. Um navio apitou! Apito forte, entrando na barra, o velhinho inesperadamente, levantou-se e acenou, fato engraçado, pois o navio estava a kilometros de distância.

Sensacional.

Logo ele sentou novamente, uma moça passeava com uma criança, um garotinho de no máximo 2 anos, o velhinho arrumou os óculos, arrumou-se no banco e ficou olhando (entusiasmado), e eu daqui tentando entender...

A moça se aproximou...

O velhinho paralisou...

O garotinho de mãos dadas à moça, andava vendo seus próprios pezinhos, se descobrindo ainda...

Frente a Frente.

O velhinho sorriu e falou algo a moça...

A moça retribui o sorriso e repentinamente entregou a mão do bebê ao velhinho... O velhinho ensaiou alguns passos, mas o bebê não acompanhou e chorou...

O velhinho assustou-se e entregou o bebê novamente à moça... Eles seguiram.

O velhinho... Tirou os óculos, limpou os olhos (ele chorou?)... Ele se virou e percebeu que eu olhava toda a cena (não faço a menor idéia da cara que eu tava) percebi o velhinho sem graça... Levantou-se e saiu...

Minha aula também tinha acabado ali, levantei e saí.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Desabalada carreira...

Andando embalado, numa descida, quando penso em parar algo me empurra...

Vou descendo a ladeira...

Agora correndo...

Não sei onde a ladeira vai dar... Nem vejo nada a minha frente... Vou seguindo...

Cantarolando: “Cento e dez, cento e vinte, sento e sessenta, só pra ver até quando o motor agüenta”...

Vou correndo... O chapéu de ontem caiu... Está rolando na rua... A flor do paletó espedaçou com a força do vento...

Vou descendo... Alguns obstáculos aparecem, desvio numa perfeição de dar inveja ao recordista mundial de corrida com obstáculo (que não sei quem é).

Claro! Meu dom de ser desastrado trago comigo, então vou tropeçando, derrubando latas, pessoas, pedindo desculpas, mas seguindo... Sigo.


Ali na frente... Bem na frente, vejo uma pessoa... Correndo também, estará correndo de mim? Não sei, vou atrás, vou seguir, vamos ver onde vai dar...



[Estamos vivos e isto é tudo é, sobretudo, a lei, dessa infinita Highway].






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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Fragmentos da volta ao serviço, da hora do almoço, da cabeça confusa.

Ó... Veja como ele bate forte, Viu? Pois é! Estou vivo. Por estar vivo, eu sinto, sentindo, reajo, reagindo, me fecho, me calo... Esse é meu modo.






“Vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração quando fala comigo, quando eu sei ouvir”.




[Voltei ao serviço, Dezembro mês corrido, tempo sem tempo, isso é um pouco do que há em minha cabeça HOJE].


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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quero ver a esperança chegar.

Hoje a vista ta diferente. Não sei se os óculos estão mais limpos que o normal, se o Sol brilha mais forte, se meu banquinho encontrou uma posição melhor... Não sei. Só sei que tem algo no ar.

Pra comemorar coloquei minha melhor roupa. Meu terno de linho branco. Meu chapéu de aba larga e meu sapato bicolor.

Passei na Pharmacia comprei uma goma Valda e esperei.

Estou sentado agora... Aguardando. Sinto o verão se aproximar e que talvez, a estação quente, traga um pouco de calor aqui dentro. Prevendo isso, coloquei a cadeira numa sombra bem gostosa e trouxe os lenços.

Vou colocar o Cartola pra tocar.
Vou esperar o bonde passar...

Vou aproveitar esse clima bom... Clima de esperança.

Vou ficar aqui... Terno branco... Lenço branco... Sapato preto e branco e rosas brancas.


Estou esperançoso... De que algo vá mudar.

domingo, 29 de novembro de 2009

Tem hora pra tudo.

Por que não posso ficar aqui quieto no meu canto, sem toc-toc, plim-plim ou “Tem alguém aí?”

Tem dias que o que a gente mais quer, é ficar assim. Sem nada. Sem ter um porquê.

Cabeça zonza, corpo mole. Vontade de ficar na cadeirinha-de-balanço-do-vovô (que nunca conheci).

Vontade de ficar aqui.

Vontade de não sei o quê também. Essa vontade é a pior. Fica aqui dentro latejando, remoendo, mas o que posso fazer? Se nem sei do que se trata?

Fui ali atravessar a rua na faixa, eu era o único. Motoristas não entenderam minha atitude. “O que aquele cara ta fazendo ali em cima daquelas linhas no chão?” disseram.

Alcancei à calçada, avistei um casal de idosos passeando com um cão (os cães sempre me adoram) o cão me olhou dum jeito bonito, eu parei e fiz carinho em sua cabeça. Ele me mordeu.

O velho disse:
-Bem feito, quem manda mexer no que ta quieto.

Continuei, sem entender e com a mão doendo. Arrastando a cadeira de balanço.

Cabeça ainda zonza, corpo mole e agora a mão doendo.

Encontrei uma sombra, posicionei a cadeira e sentei. Um pombo me deu boas vindas.

Exatidão!

Mais um cão. Fiquei quieto, completamente parado (acho que com cara de assustado).

A moça disse...

-Credo moço! Ele não morde, não precisa fazer essa cara.

Não é meu dia.

Vou arrastar a cadeira e voltar, tem dias que não é bom ficarmos no lugar de sempre.

Tem dia que é bom não usarmos a cadeira de balanço, tem noite que é bom à gente não beber.

Tem dias, tem noites e tem hora pra tudo.



[Estou percebendo que às vezes temos quer ser outros e não nós mesmos].


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sábado, 28 de novembro de 2009

Um saco cheio de igualdade.

Iguais... Iguais e Iguais.

De saco cheio de tanta igualdade.

Preciso urgentemente encontrar a saída de emergência disso aqui.

Tentei usar branco. Não me adaptei.
Tentei dizer um “olá” qualquer. Não obtive resposta.
Tentei bater à porta. “Entre sem bater”.
Tentei uma visita surpresa. “Não perturbe”.

Tentei tanta coisa... Mas definitivamente, não sou da mesma espécie.

Não tenho macacão.
Não faço àquele gesto característicos dos caras de macacão.
Não olho daquela mesma forma dos caras de macacão.
Não falo o que eles (os caras de macacão) falam quando você passa.
Não espere... Não falarei. Não usarei. Não olharei.

Sou assim mesmo, três gotas de adoçante.
Uma pitada de Sal.
Não sou cafeína.
Não sou sedativo.
Sou esse mesmo. Sem nada demais. Nem muito de menos.

Compreende o que digo?

Todo mundo se diverte ali, eu também. Aqui.

Não preciso ser rei, príncipe ou ter um belo macacão. Eu sou eu. Desde que nasci.

Vou sendo. Até quando puder.

Mesmo assim, [desiludido?] continuo sentado, só vendo o movimento.


Acho que vou beber uma água tônica. Preciso digerir.



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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Frente fria que vem lá do Sul.

Vento que vem com força!

Frente fria no calor tropical é sempre bem-vinda.

Quente de quarenta graus. Vento daqui parado. Vento que vem quente.

Na janela de sempre, com coisas vistas de sempre, sinto um ar fresco. É uma frente fria.

Frente fria que refresca.

Na ânsia de querer entender, àquilo, abri bem as janelas e esperei.

Ela veio, fazendo manha, dançando em seu próprio ritmo, seu canto era confortante.

Canto que encanta.

Cantou, refrescou, me encantei, me refresquei.

Frente fria tem dessas coisas, mudam. Gosto de mudanças.

Senti a frente fria, ela passou, me levou longe, me trouxe de volta.

Agora estou aqui, órfão da frente fria.

Carregue-me vento bom! Ta quente aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Perdidos numa noite nem tão suja (ainda sobre São Paulo).

Sentado nas cadeiras de plástico dos bares na Paulicéia vi um monte de coisa...

Meninas bonitas bordadas de flor. Todas elas.
Rapazes, meio iguais, chave dos possantes a mão, camisas com textos em inglês, cabelo com uma onda no meio (chamam de moicano, mas nem sabem de onde vem o penteado). Só sei que é algo relacionado aos índios americanos, o Daniel Day-Lewis mostrou uma vez algo sobre...

Voltando ao assunto...

Moças bonitas (preocupadas com a sandália apertando o dedinho e com os buracos nas calçadas, salto alto, sabe como é) Andam como se estivessem marchando, cômico ver.
Moços conversam entre si, bebem long neck no gargalo fazendo estilo, fumam na calçada (lei maravilhosa), aproveitam para olhar o movimento... Delas.

Elas ficam na calçada, algumas nem fumam, mas ficam ali olhando os rapazes iguais.

Percebo que em algumas mesas, escondidas dentro do bar, alguns e algumas como eu, mas cheguei tarde e não consegui mesa lá dentro. Tive que ficar na calçada sentindo o cigarro alheio, vendo às moças olhando os moços. Claro. Nem fui notado.

Eu, minha barba, minha camisa sem nada escrito, Brahma na mesa, e chave do possante? Não tem. Fiquei ali vendo. Noite paulicéia.

Estava na Vila Madalena, totalmente perdido.

É tão bom ver essas coisas, como somos bobos né? O bar não tinha música, então eu ficava ali cantarolando, imaginado as cenas e suas respectivas trilhas.

Bebi, vi, cantei, gastei e paguei.

Quero voltar. Na próxima vez chegarei mais cedo, quero sentar ali dentro.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Fale com ela

Que saco! Que vontade de te falar... Ensaiei três vezes... Mas não tive coragem.

Fui, desfui, fui de novo e retornei.

Ah meu! Não quero parecer chato. Quantas graças você não deve ouvir por dia, ou não, sei lá. Não queria dizer graça alguma, só queria te dizer que a menina do filme que vi hoje parecia muito com você! Só isso. Mas ia parecer cantada barata. Não queria que parecesse com nada. Só queria que você acreditasse nisso.

Mas nem sei se acredito em mim também.

Po! Foi muita coincidência, eu vi o filme lembrei de você, de repente você aparece assim do nada, há tempos que não aparece por aqui.

Queria um dia pelo menos ocupar dez minutos do seu tempo, queria ouvir suas idéias, queria ouvir o que tem a dizer. Mas nunca rolou.

“Por que a gente é desse jeito? Criando conceito pra tudo que restou”. Já dizia o Anitelli.

É tanta coisa! Tanto medo. Tanto “não querer ser chato” que me torno um chato de marca maior.

Prometo que vou melhorar, vou falar contigo, quando menos esperar e espero que quando mais precisar, quero chegar na hora certa, na hora agá.

Vai ser assim:
-Oi! Ocupada?
-Por acaso você já viu “Fale com Ela” Do Almodóvar?
-Não? Eu assisti esses dias, e a mocinha principal, me fez lembrar muito de você e de repente te vejo aqui, como há tempos não via. Coincidência não?...

Espero não decepcionar, comigo nem contigo. Por enquanto vou ficando por aqui, só escrevendo, qualquer dia digo pessoalmente.

Beijos...

Tchau.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Quem são Eles?

Deve ser triste, ver e não sentir.

Estar perto, presenciar e não conseguir entender as aflições, não participar das alegrias, não saber sorrir, não chorar.

Eles só sabem voar e nos ajudar.

Eles nos ajudam porque querem ser iguais. Ficam o tempo todo imitando a gente, sorrindo (riso sem graça), chorando (choro sem lágrima). Olham a gente lá de cima, não dormem, quando estamos dormindo, na madrugada, eles sofrem, não tem com quem conectar. Estão a sós, entregues.

Os anjos são tristes. É difícil ser anjo. Ele não escolheu estar ali, ele apenas é.

Quando choramos, eles ficam perto tentando chorar também, sofrem com cada lágrima caída, pois seus olhos estão secos, não entendem. Quando sorrimos, eles se afastam, sabem que ali, naquele momento, não precisamos deles, saem também porque não entendem o motivo daquilo. Ficam lá em cima olhando, apenas olham.

Às vezes tentam nos tocar, em vão.
Às vezes, pessoas mais sensíveis sentem algo, uma presença, e falam:

“Nossa! Senti alguém aqui”.

É nesse exato momento em que o anjo mais se aproxima da realidade, tenta ficar feliz, chora não sabe sorrir então ele tenta tudo o que vê a gente fazer.

Choro sem lágrima, ele tenta molhar os olhos, mas não consegue.

Estão sempre perto e sempre longe. Silenciosos, são nossa sombra. Gostam de ver nosso olhar, olham nos nossos olhos pra nos entenderem.


Na próxima vez que sentir alguma “presença” diga um Olá a eles, faça-os felizes.
Quando sentir alguém te olhando, certifique-se que não tenha ninguém, se não houver, pisque pra ele, ele te agradecerá. Eternamente.

Seja um anjo pro seu anjo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

e a visita veio abrir as portas.

Uma da tarde e ele acabando de acordar, campainha tocando.

Na Sala, o vestígio do final de semana mal passado. Tudo espalhado por toda a parte.

Olho mágico denuncia quem não poderia ser naquele momento, a mão o trai e abre a porta, a boca insana completa a traição.

-Oi! Que bom te ver.

A porta aberta. (porta aberta tem alguns significados, pode ser ENTRE, SAIA, PERMANEÇA AÍ, VOLTE SEMPRE).

-Entre. Aconteceu algo?
-Você está péssimo, uma bagunça danada.
-É! Não quis fazer nada esse final de semana.
-Poderia pelo menos abrir as janelas.
-Eu ia abrir depois que acordasse.
-Vim só pegar algumas coisas, aproveitar que estava aqui perto.
-Veio só pegar... Algumas coisas?
-Sim.
-Quer conversar?
-Não.
-Nem sentar?
-Não! Da pra você parar de andar atrás de mim? Não vou pegar nada teu.
-O aparelho de DVD é teu?
-Sim! Minha irmã que me deu, não lembra? Você não lembra de nada mesmo, só o que lhe convém.
-E você continua na mesma, me acusando, me acusando.
-Sai de trás de mim caramba! Parece uma barata tonta.
-Desculpe, só queria conversar. Vai levar o som também? Como você vai levar? Deixa, eu levo depois.
-Não precisa, tão me esperando lá embaixo.
-Tão? Quem? Por que você ta tirando a TV da tomada? Eu que comprei!
-No meu cartão e nunca pagou.
-Tem um homem naquele carro lá embaixo.
-Jura? Que coisa não?
-Você mudou!
-Pois é! E você não. Continua na mesma.
-Mas eu não sabia que deveria mudar, quando se apaixonou por mim, pensei que quisesse ficar comigo e não com outra pessoa, como eu ia saber que tinha que mudar.
-Pois é! Agora é tarde. Tchau.
-Tchau.


Sem Tv, dvd, sem o Som...Sem ela.

Agora era Ele e Ele. Hora de encarar, hora de acordar, afinal, já passava de uma da tarde...

Abriu a geladeira.
Abriu uma cerveja.
Abriu as janelas.
Abriu os olhos...



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domingo, 22 de novembro de 2009

Dia escuro. Tudo escuro.

Olho aberto quarto escuro. Olho não quer fechar. Quarto não quer clarear.

Olho aberto no quarto escuro pode ser ansiedade, medo, tristeza, um monte de coisa pode ser. E pode não ser também.

O dia acordou nublado, quando ele ta nublado fica fraco, não tem força para atravessar a fresta da janela, então deixa o quarto escuro. Quando o quarto ta escuro a gente acha que é noite, a gente fica deitado, a gente pensa que é insônia aí o dia começa mal.

O dia preguiçoso, deixa todos preguiçosos por conseqüência.

Olho aberto, peito escuro. Quando o olho ta aberto e ele não enxerga pode ser cegueira, pode ser cortina, pode ser neblina. Quando o peito ta escuro é mais grave.

Quarto escuro. Peito escuro. Dia nublado.

Abri a janela entrou dia.
Pro olho receitei música ele viu algumas coisas.
Pro coração... Não sei não. Quando ele fica escuro, não tem janela, não tem canção.

Fica e pronto.

Peito escuro. Acho que é meia noite aqui dentro. Será que se eu dormir a hora passa mais rápido e logo vira dia?

Olho aberto, quarto escuro.

Dia nublado não tem força para clarear.

Vou aguardar o sol. Vou ficar aqui deitado, vendo o nada. Ouvindo o tudo. Esperando uma Luz.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Longe de casa, perto de mim.

Passando o feriado em Sampa!

Vendo primos e primas...vi palhaços na Madalena. Dormi ja era dia! A Avenida não me deixou pegar no sono direito.

Estou fora de casa esse final de semana...

Volto não sei quando, trouxe mochila com roupa pra pra hoje, amanhã e não sei quanto tempo mais. Trouxe o baralho, a gaita e umas idéias.

Vim pra São Paulo, ontem trouxe o sol, agora pedi chuva e ela chegou.

Vim pra São Paulo... E essa terra me faz lembrar algumas coisas, acho que nem queria lembrar.

"Mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim
Vem cá que ta me dando uma vontade de chorar
Não faz assim, não vá pra lá
Meu coração vai se entregar à tempestade" (M. Camelo).

Hoje é Sexta! Estou aqui, longe de casa, perto de mim.


Bom final de semana a todos!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Seja...

Seja perfeita pra mim menina. Você nunca conseguiu isso antes, agora chegou à hora.

Seja perfeita pro cara imperfeito.

Você sempre tentou ser o que não era, assim como eu, você errou. Agora está só.

Seja perfeita! Você conseguirá.

Quando a gente tenta ser o melhor, muitas vezes ficamos cegos, em busca da perfeição. Não seja mais cega, não queira mais ser a melhor!

Seja a pior, mas seja perfeita.

Vamos ser os piores? Eu larguei de mão todo esse papo de querer ser as coisas, agora não me importo mais com um monte de coisa que tem por aí. Preocupo-me agora, somente com o desnecessário. Chega de dor de cabeça.

Sou tão imperfeito, se você soubesse.

Menina! Largue esse monte de dúvida, esse monte de ás, três de paus, reis e rainhas.

Eu sou curinga. Sou imperfeito. Sou peão. Sou o Bobo.

Sua imperfeição era seu maior objetivo, e foi o causador de tudo isso que está aí.

Chegou o momento de ser perfeita.

Eu trouxe o baralho. Quer jogar comigo?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vendo tudo das alturas, sem medo de cair.

Se eu fosse um animal queria ser um Urubu. Sim! O rei dos céus.

O bichão fica lááá em cima perto dos aviões, é tão forte que quando ta com raiva faz a turbina do bicho de lata parar. Morre um monte de gente.

Não que isso seja coisa boa, claro que não, só queria com isso mostrar a força do Rei.

O Urubu come o que todo mundo tem nojo, ou seja, ninguém disputa seu alimento, bicho esperto.

Eles (os urubus) inventaram uma lenda, onde diz que da azar matar urubu, aí eles ficam ali, na deles, ninguém mexe, todo mundo teme.

Eles ficam lá em cima só observando, é aí que entra a melhor parte.

Todo mundo ta cansado de saber que eu adoro observar.

Eu observo os urubus observando a gente e fico com uma vontade danada de ser um deles.

Eu ia ser o Urubu mais feliz. Quase não desceria. Ficaria ali, desviando dos aviões, ajudando os pilotos de asa delta a acharem as bolsas de ar. Eu ia ser amigo dos homens voadores.

Será que o urubu tem noção da vida boa que ele leva?

Será que ele vê a gente aqui embaixo e pensa a mesma coisa? Quando ele vê as pessoas revirando os aterros sanitários, o que será que eles pensam?

“Ó que povo feliz! Cheio de carniça do lado, lixos espalhados por todos os lugares, eles são felizes”.

Será que o urubu pensa isso?

Caro urubu! Você é muito feliz aí em cima, fique sabendo disso! Eu queria muito estar no seu lugar.

Ah se eu fosse urubu... Ia entender tanta coisa, vendo tudo lá de cima.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Escolhas.

-Pai! E aquele pombo? Por que ele fica ali, parado?
-Filho! Ele fica ali parado porque ele quer, como nós também né? A gente tem de fazer o que a gente quer.
-A gente pode fazer o que a gente quer pai?
-Claro filho!
-então eu posso entrar no mar?
-Claro filho, pode sim.
-Mas a água ta fria?
-Não sei, vá lá senti-la.
-E se eu me afogar?
-A escolha foi sua, se afogou porque quis, eu já te disse que criança da sua idade, não pode entrar no mar sozinho.
-Mas se eu me afogar, você irá me salvar?
-Não filho, não te salvarei, porque como te disse, a escolha de se afogar foi sua. Papai só te salvaria se você caísse ali, no mar, sem querer, sem saber dos seus perigos.
-Mas pai! Você não me ama?
-Claro filho, por te amar tanto assim, é que te deixo livre. Caberá a você escolher seus caminhos, sempre estarei por perto para te orientar, nada mais que isso.
-A mamãe me salvaria.
-Pois é! E também não te deixa livre.
-A vida é feita de escolhas filho. Escolha seu caminho e siga.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Eu e as caixas.

Vou arranjar um estilete e cortar esta fita que te prende. Tirar você desta caixa que não te deixa se mexer.

Você foi encaixotada, sem pedir, sem querer, sem nada. Agora ta aí toda enrolada, presa, a caixa é grande, mas viver numa caixa não dá, eu sei.

Vou te confessar também já me colocaram numa caixa, mas consegui escapar, eu tinha um estilete pequeno escondido na barra da calça.

Fora da caixa nem tudo são flores, mas aqui, fora, a gente pode ser a gente sabe?

A gente pode correr. Depois a gente pode parar e ficar parado, só vendo. Aquele lance de camarote que sempre digo.

Se um dia eu conseguir te tirar da caixa, vou te colocar aqui sentada comigo, vendo as coisas passarem. É um barato, cada hora uma coisa diferente. Fico aqui sentado, imaginado como seria se todas as pessoas pudessem olhar também. Quem passa na minha frente nem me vê, devido ao tempo e à correria, acredito. Mas eu vejo todos que passam por aqui, vez ou outra, alguém me vê, senta, conversa um pouco e logo sai.

Tenho essa cadeira aqui do lado justamente para àqueles que querem descansar um pouco.

Ainda tem muita gente presa às caixas sabia?

Tem muita gente que quer sair, outras não sabem se a caixa realmente ta fechada, outras estão tentando entrar. Cada um cada um né?

Não há certo, ou errado. Pode ser que, fora da caixa, eu esteja correndo perigo. Mas eu gosto daqui.

Estou aqui sentado, a próxima vez que você passar por aqui, eu abrirei a caixa e te mostrarei minha visão das coisas, a caixa ficará ao lado, caso queira voltar.

domingo, 15 de novembro de 2009

João e Maria (uma história de amor).

João, um amigo meu, é casado com Maria, também a conheço...

João foi criado no meio de muito amor. Pai, mãe, avôs e avós cuidadosos, muitos primos e primas, João tinha e ainda têm muitos amigos, muitos mesmo.

João gosta muito de Maria, mas também, gosta muito de seus pais, seus familiares e gosta muito de seus amigos, muito mesmo.

Maria foi criada com a avó, uma senhora de idade, a relação nem é tão boa assim. Maria tem uma irmã, mas ambas quase não se falam, tempo, culpam o tempo. Os pais de Maria separados nunca deram tanta atenção a ela. Maria quase não tem amiga, há sim, poucas conhecidas.

Maria tem João. Maria ama João. Maria sente por João o que nunca sentiu em toda sua vida.

João sente por Maria algo familiar, algo que ele já sentiu antes.

João foi criado com muito amor, mas não ama.
Maria não teve amor e ama muito João.

João não acredita na palavra AMOR para ele, o sentimento que ele tem pela sua família, pelos seus amigos e por sua esposa, é um sentimento muito forte. Porém, João, não consegue dividir, fracionar tal sentimento.

Amor carnal?
Amor fraternal?
Amor.... Essas coisas, João não entende. Como dividir um sentimento tão forte? Para ele, ele gosta muito e pronto.

Maria ama João, ela só sabe disso.

João se ama.

Maria não.

Se Maria perder João, ela se perderá.
Se João perder Maria, ele se terá.


Que coisa não?

sábado, 14 de novembro de 2009

Meu Carnaval.

Olha só que legal, sente aqui a banda vai passar. Ah! É tão gostoso ver daqui.

E lá vem... Olha aquela moça! A preocupação dela com as coisas, ela agora ajusta a saia, agora atendeu ao telefone, iphone ou sei lá o quê... Veja o rapaz ao lado dela, ele usa uma roupa bonita né? Ele agora se insinua a ela... Ela nem o nota.

A marchinha não para...

Opa! O rapaz mostrou algo à moça, ela esta sorrindo, parece uma chave, agora ele colocou algo no dedo dela, que lindo não?

Esse desfile ta tão legal.

Eles estão abraçados, ele a admira, ela admira as chaves e o objeto no dedo dela.

Opaa!! Olha a serpentina.

Tem a ala dos velhinhos, gosto tanto de vê-los.

Eles estão sorrindo, velhinhos de um lado, velhinhas do outro. Cada um na sua sendo feliz.

Por vezes se encontram, se olham, enxugam o suor um do outro e voltam para os seus iguais.

Eles sabem das coisas...

Mais uma cerveja moço do isopor!

Olha lá! Agora vêm uns homens, eles estão de terno, pastas, todos falando ao telefone. Não notam o público que aplaude, não notam o sol, não notam à tarde linda. O moço do isopor oferece uma geladinha, eles recusam... Os negócios não podem parar.

O desfile também não...

E eu aqui sentado, vendo toda a festa à sombra de uma árvore.

Ao longe vejo algo colorido!

Chega o bloco mais esperado por mim, o bloco das moças simples...

Elas chegam, todas lindas, flores nas orelhas, não ligam pros rapazes afoitos que tentam passar pelo cordão de isolamento. Elas cantam, sabem a marchinha toda, no refrão elas sorriem, eu imagino que aquele sorriso é pra mim. Elas desfilam como se andassem nas nuvens, admiram o sol, a tarde, percebi que uma delas mandou um beijo pra o alto, fiquei um pouco triste, mas logo passou, percebi que ela mandou o beijo a um beija-flor que parou para vê-las. Eu olhei para ele, ele piscou para mim e lhe ofereci minha cerveja.

O desfile passou, a noite chegou, e eu aqui, na minha cadeira, vendo as coisas de camarote.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Delírios, apenas delírios.

De que vale estar por perto?

Tem horas que a distância é tão boa. Estar perto é ver de verdade e os olhos de verdade não mentem. Estar perto é ter aquele monte de coisa que um dia a gente jogou fora e ficou feliz depois. Ter por perto é estar disposto àquilo tudo que ontem fez a gente chorar.

Estar longe é ter paz?

Quando queremos estar perto sem perder a distância? Será que dá?

Acho que não!

Estar perto é ter! Ter não é legal. Quero estar perto, mas mantendo certa distância.

Quero estar perto, mas sem ter tudo aquilo que já joguei fora.

Joguei fora porque não presta!

Fico pensando... Diminuir a distância é abrir o saco de tranqueiras? É abrir a porta do porão?

Acho que o que mais quero é ficar longe, inclusive de mim. Eu fui o culpado de tudo aquilo que tem no saco velho jogado no lixo.

Estar longe é não ter saco velho pra jogar no lixo. Estar longe é estar só.

Estar só é ruim. Estar perto também.

Não sei mais o que fazer... Nem o que pensar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

... É o contentamento descontente....

Paixão é aquela coisa que te acorda de madrugada. Que te liga pra discutir a relação às 03 da manhã.

Você diz:
-Tá tudo bem, amanhã a gente conversa, preciso dormir.
E a paixão diz:
-Não! Não consigo dormir pensando nisso, quero falar agora... E bla bla bla.

Quando a paixão não dorme, não deixa ninguém dormir.

Paixão é uma coisa forte, que mexe por dentro.

Quando você recebe visitas, seus familiares, primos e primas que há tempo não os vê, você todo solícito apresenta a paixão pra eles, e a paixão fica com cara de paisagem. Quando a visita vai embora você ouve:
-Você só da atenção pra sua família.

Paixão não gosta de família.

Quando você sai do serviço, super cansado e passa na casa da paixão, pra terminar o dia bem. Mas a paixão ta “naqueles dias” e briga com você, pois, você sai às 18h do serviço e já são 18h30 e o certo seria chegar lá às 18h15. Paixão não admite atraso.

Ah Paixão! Mexe tanto com a gente.

Quando seu telefone toca, e você respeitando àquele momento com ela, não atende, a paixão briga!

-não quer atender por quê?

Se você atende...

-Caramba! Nem quando estamos juntos você não desliga esse telefone!!


Paixão! Paixão.

Já me apaixonei um dia.



Já Dizia Raul:

“É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro, evita o aperto de mão de um possível aliado. Convence as paredes do quarto e dorme tranqüilo. Sabendo que no fundo do peito que não era nada daquilo”. (Por quem os sinos dobram).

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Tudo certo como Dois e Dois são Cinco.

(Fragmentos de uma Segunda-Feira).

Vontade, apenas vontade.

Vontade de te ver.
Vontade de te tocar.
Vontade de ter.
Abraçar.
Beijar.
Apertar.
Puxar.
Deitar.
Levantar.
Subir.
Descer.
Cobrir.
Descobrir.
Sair.
Entrar.

Gritar.

Relaxar.
Conversar.
Acarinhar.
Dormir.
Sonhar.
Acordar.

e...

Recomeçar.



..

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Moça do sorriso aberto...

E quando chega assim de repente?

Você sentado, naquela cadeira lá... De sempre. Ela chega. Como quem não quer nada.

Essas chegadas “como quem não quer nada” são as melhores. Ela chega, toda ela, toda bordada de flor (de novo, sempre chega assim).

Eu de ressaca, cabeça girando, girando. Confesso que no início não enxerguei direito, meu óculos ta com uma perna só, ta manco (sem trocadilho), sentei em cima dele ontem. Não enxerguei, não vi possibilidades ali. Agora começo a ver, mesmo com óculos manco.

Sabe o que vi?

Vi a viagem conversada.
Vi a piscina.
Ouvi a moça que canta bem.

Moça! Será que terá flores nesse jardim aí?

Será que o cravo vai se dar bem nessa história toda?

O que a rosa quer com o cravo?

O Cartola disse que as rosas não falam, simplesmente exalam o perfume que roubam de ti. Eu queria dizer isso também, mas nem sei o teu perfume. Não sei nada de ti.
Chega de repente e fique aqui.
Fica aqui assim como quem não quer nada, fica? Nem precisa fazer muita coisa, apenas fique aqui. Sabe aquele lance “não solta da minha mão”? Então, é isso.
Quando você se cala, o coração acelera, me preocupo. Mas como pode você se calar se eu nunca ouvi a tua voz?

Ressaca doida.

Nessa história toda, meu coração até que entendeu o recado, bate de vez em quando, num ritmo... “Água com açúcar”?

A vida é assim mesmo.

Cheia de surpresas!
Cheia de detalhes!

Tem aquele lance das feridas ainda não cicatrizadas. Quando a gente tem um machucado desses, qualquer contato dói, machuca, como não está cicatrizado dói na carne. Moça! Cuide dos seus machucados.

“Cuida de mim enquanto finjo... Enquanto fujo” Coisas teatrais.

Eu aqui ainda na mesma cadeira, com óculos do Machado de Assis, esperando.

Continue assim, como quem não quer nada!

Mas queira.



Eu quero.



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domingo, 8 de novembro de 2009

Conto de uma tarde de verão.

A cadeirinha de balanço balançando, o vai e vem do dia. O Vem e vai da noite.

A moça que não sabe direito o que quer, mas que balança sabendo apenas do pequeno curso da cadeira, que vai só até ali e volta.

Só até ali e volta! Esse é o que importa.

O vento que bate no rosto dela, da moça da cadeira, é o mesmo vento que faz o moço, lá do outro lado dos lugares, viajar e pensar no calor que está chegando. Vento quente, coisa do verão.

A moça balançando na cadeira olha a nuvem branca, bem branquinha, e diz:

- Nuvem branca, bem branquinha assim é coisa de verão né?

O vento quente bate mais uma vez em seu rosto.

-Vento quente é noroeste, vai chover.

O moço esperto que só, sai de casa e leva o guarda-chuva, pois, vento quente é sinônimo de chuva no final de tarde, já dizia seu pai.

Andando na cidade, sol danado e guarda-chuva na mão, coisa de doido! Coisa de moço que sabe das coisas. Quando choveu ele abriu seu companheiro se abrigou e sorriu!

Moça na cadeira quis se molhar, permaneceu sentada. Sua mãe uma vez disse que chuva de verão não adoece.

Moça na cadeira se molhou na chuva de verão.
Moço do guarda-chuva se abrigou e secou, com sorriso no rosto, inclusive.

Felizes molhados, felizes secos.

Felizes.

sábado, 7 de novembro de 2009

Terminando o raciocínio sobre a tal Virtualidade.

Um monte de coisa na cabeça e nada nas mãos.

Por que a cabeça faz isso com a gente? Coloca um monte de coisa e depois tira.

Cabeça malvada essa nossa!

Quero ter mais coisas nas mãos, coisas de tocar. Quero ter mais coisas a minha frente, coisas de olhar. Quero ter mais coisas aqui perto, coisas de sentir.

Tem muita gente malvada nesse mundo, daquelas pessoas que nos fazem fantasiar e depois nos acordam, dizendo:

- Hey Baby! Acorde, foi tudo um sonho.

Não sei se gosto mais de sonhos, não sei mais de nada.

Será que é este o nosso futuro?

Ninguém mais terá mais coisas de tocar?

Será que a gente não vai ser mais a gente?

Assim; Será que eu não serei mais EU de verdade? Eu quero tanto ser sempre EU.

Esses dias saí da faculdade e fui beber com uns amigos da classe.

Começamos a beber perto da faculdade, de lá fomos a um bar que nunca fecha.

Foi tão bom, é tão bom estar com gente de verdade. Ver gente de verdade.

Será que daqui a alguns anos poderemos fazer isso de verdade?


[brigadão ao Alexandre Mauj do blog Lost In Japan, pelo selo].

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mais uma bonitinha (prometo que é só).

Mostre-me o caminho!

Com minha mão direita no seu ombro esquerdo a gente segue. Você me leva por caminhos coloridos, me mostra por onde passou e por onde gosta de passar. Você retira um pedaço de terra do chão e me fala alguma coisa sobre a criação da humanidade, em seguida me aponta um morro e me fala algo sobre um sermão. A sua voz me cativa, sentindo-me cativado, minha mão direita, escorre lentamente, sem que eu perceba, e vai parar no seu ombro direito.

Opa! Mão direita no ombro direito? É isso mesmo, agora, estamos abraçados.

Ao mesmo passo, ao mesmo tempo. Cadenciados.

Seguimos lentamente, você falando e eu ouvindo.

Você contou suas proezas, falou de filosofias, contou de Platão, de Aristóteles, Hume e Descartes. Falou das coisas da vida.

Você gesticulava! Sorria o tempo todo. Paramos embaixo de uma árvore, era pé de alguma coisa, acho que maçã. Ali você falou de uma história, de uma maçã que caiu na cabeça não sei de quem, essa maçã mostrou algo pra esse homem que mudou a história da humanidade. Não lembro muito bem, eu tava encantado com sua voz, com seu sorriso que nem prestei atenção ao que falava.

Embaixo da árvore, minha mão se soltou do seu ombro, na queda encontrou sua mão, que gesticulava. Elas se abraçaram. Primeiro a direita, a esquerda acompanhou e nossas mãos se uniram. Um pássaro vermelho piou, você me falou sobre ele. Eu ouvi. Você parou de falar, me olhou tirou meus óculos, que estavam embaçados pela proximidade da sua respiração.

Marquei esta página, era hora de sair. O livro está apenas no começo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sobre as coisas da vida!

E ela ali, sentada, tranqüila, de olho nele. Ele que não olhava nada.

Ela sorrindo, cabelos de lado, fazendo charme sabe?

Ele olhando o teto.

Ela folheando um livro super intelectual, já todo dobrado, indicando ser livro de cabeceira dela, escrito na língua original. Francês, Inglês, Alemês, sei lá.

Ele lendo o jornal do Dia. O Dia, ou Da Tarde, alguma coisa do tipo, jornal cuja a capa mostrava o empate heróico do São Paulo no jogo contra o Grêmio.

Ainda era cedo, ambos chegaram antes pra não perderem o ônibus.

Ela sentiu sede, foi à Casa do Pão de Queijo e comprou uma Coca Cola Light e UM pãozinho de queijo recheado com alguma coisa.

Ele sentiu sede, foi ao bebedouro, bebeu a água como um beduíno (nunca vi algum bebendo algo, mas deve ser uma cena emocionante). Após a água ele abriu a mochila e retirou um pacote de bolacha recheada daquelas LEVE TRÊS E PAGUE UM.


O ônibus chegou.

Ele foi logo entrando e se jogando na sua poltrona 21 (janela) inclinou a poltrona com a mochila no colo.

Ela conferiu sua poltrona antes da subida 22, pensou: “tomara que seja no corredor, pra não ter de suportar chatos de plantão”.

Ela subiu, avistou sua poltrona e um barbudo ao lado, já dormindo.

Ela pensou: “droga! Vai roncar a viagem toda”.

Ela sentou-se.
Ele assustou-se.

Ela retirou o livro da mochila.

Ele levantou o encosto do banco e perdeu o sono.
Ela fechou o livro, marcando a página com cuidado.

Ele sorriu!
Ela sentiu!

O ônibus partiu!

Estórias bonitinhas da vida!!!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Online? Offline?

Essa virtualidade toda vai nos levar aonde?

É bom? É ruim?

Ter centenas de amigos no Orkut. Ter seguidores nos Blogs. Ter amigos em todas essas redes virtuais. Onde isso pode nos levar?

É cômodo abrir uma página, mandar um beijo, um abraço, desconectar e pronto.

Tenho medo do futuro.

Queria tanto olhar, sentir, pegar, ver que existe vida por aí.

Tenho amigos reais, claro. Mas nem se compara em quantidade dos amigos virtuais.

Que estranho todo esse papo.

Quem está disposto a largar esse anonimato e ser real?

Quem quer ser real?

Eu, por vezes tento ser só real e não virtual. Mas como fazer?

Tenho vontade de transformar os virtuais em reais!

Tenho vontade de colocar cor, ta tudo preto e branco. Tão sem graça.

Às vezes da vontade de cancelar todas essas contas e esquecer todas essas senhas.

Às vezes tenho vontade de ser! Ser só eu de verdade e não esse monte de gente que imaginam que sou.

Às vezes... Eu desconecto.


(aparecer Offline).

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Guarda-chuva aberto pra me molhar.

Os óculos que deixam cego. Que deixam à gente longe de você.
O microfone que cala quando tentamos dizer algo.
A muleta que derruba quando tentamos andar.

Inválido.

Um mero inválido.

Será que você tem tempo de pensar em mim? Na sua faculdade, no seu serviço, no seu tempo, tem tempo pra mim?

Às vezes penso nisso...

Será que um dia, cruzarei seu caminho?

Quando cruzar! O quer será de nós?

Um “Oi”?
Um “É”?
Um “Ta”?

Será?

Será que no seu tempo, eu terei tempo? Será?

Não sei! Isso sempre acontece... Sempre.

Quando dá pra um, não da pra outro, o tempo passa a vida passa, a vida e o tempo sempre andam juntos, é um barato.

Será que um dia nosso tempo será igual? Os nossos relógios irão se encontrar?

Hoje vi uma moça no ônibus, vindo de São Paulo, pensei que poderia ser você.

Analisei super discretamente, claro, e na minha análise tava perfeito.

Eu na poltrona 08 e você na 40.

Vi quando você desceu, pelo jeito é universitária e passou o final de semana com a família, agora voltava pra encarar a semana de estudo.

Eu na minha permaneci lendo o jornal, analisando o horóscopo, lendo a nossa sorte.

Retirando os óculos...
Desligando o microfone...
Largando a muleta de lado...


“sozinho em um corredor, esperando, trancando pra fora. Ele levantou e saiu de lá, correu por centenas de milhas” (GIVEN TO FLY – PEARL JAM).




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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Rindo no Rio.

Fui reintegrar!

Agora renovado. Com força pra encarar tudo o que tem por aqui.

Fui querido, fui amado, gargalhei, fui atração.

Atravessei a baia rumo ao centro. Não quis praia nem gente. Não quis o óbvio.
Fui andar pelo vazio, fui sentir o que aquela cidade tinha a me mostrar.

A velocidade do Silêncio é arrebatadora, quando a cidade é grande.

A Rio Branco parece a Paulista.... Nem tanto? Mas a João Pessoa aqui de Santos parece sim.

Paço Imperial.
Centro Cultural Banco do Brasil.
Fundação Casa Brasil França.
Livraria da Travessa.
Centro Cultural dos Correios.

O Rio foi também. Cerveja, música, piada, fotos, fotos, risos, gargalhadas, estórias de fantasmas, violão, família, churrasco, mais cerveja. Galinha, galo, poleiro e passarinho.

Dormir tarde e acordar cedo. Café da Tia (tudo de bom).

Rio foi pra mim assim.

Na barca da Guanabara eu vi a MENINA BONITA BORDADA DE FLOR, que o Marcelo Camelo falou, mas ela nem ligou pra mim. Deu até vontade de dizer a ela que eu a conhecia tão bem. Mas achei melhor não.

Fim de semana ótimo. Família feliz, eu mais ainda! Cheguei cansado. Mas muito, muito feliz.

Agora é planejar mais alguma coisa legal... Afinal, Novembro de férias está só começando.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Novembrando por aí.

Peguei todo o sentimento bom e coloquei aqui do lado!

Liguei o triturador e coloquei um monte de papel velho...

Relatórios nunca terminados.
Planos mudados em cima da hora.
Anotações que não faço a menor idéia do que sejam.
Telefones nunca ligados.

Triturei tudo!

A partir de agora estou de férias. Novembrão em casa! Coisa boa né?

Mais tempo pra escrever. Fiz acordo com o chefe e já adiantei, fiz só meio período.

Saio de férias com sentimento bom a tira colo! Vou levá-la durante todo mês, não quero reclamações, não quero xororô. Já cheguei em casa apavorando!

Som Alto.
Janelas abertas!

Sexta-feira nova!

Hoje à noite vou Ao Rio! Primeiro dia de férias e já vou logo pegando estrada, portanto, senhoras e senhores!

Com muita dor no coração ficarei ausente esse final de semana! Só voltarei segunda à noite!

Mas tenho absoluta certeza que voltarei cheio de estórias pra contar!

Quem quiser me convidar pra tomar uma cerveja carioca aceitarei convites.

Ótimo final de semana a todos!

Um beijo especial pra Elisa! Do blog: http://elisafuji.blogspot.com/ Ela me ligou do Japão pra me desejar feliz aniversário!!

Sensacional!!!


Vou arrumar a mala!

Fuiiiiii.....

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

E no final assim calado...

Deixei a porta aberta, mesmo assim a campainha tocou.

Gritei: Entre! E ninguém entrou.

Esperei, esperei e o silêncio falou.

Como o silêncio estava por ali permaneci assim.

O telefone tocou, tocou, eu longe demorei, quando cheguei ele parou.

Celular ciumento não identificou.

Voltei! Mudei de canal, mudei de música, mudei o volume.

Carro buzinou. Rua barulhenta.

Carro rebuzinou. Livrei-me dos livros, tropecei na mesa, joelho que já doía doeu mais, sentei, massageei, dor parou, carro andou.

Sozinho. Sem querer, sem conseguir.

Têm coisas que acontecem sem a gente querer, mas de tão bem acontecidas ficam inexplicáveis. Acontecem e pronto. Não adianta dizer, querer explicar, querer entender, não conseguirá! Aconteceu e pronto.

Quando acontece, acontece.

“Olhe esse sorriso, tão indeciso, ta se exibindo pra solidão” (Marcelo Camelo).

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Trigésimo Primeiro.

Às 05h35 do dia 28 de Outubro de 1978 eu nasci!

Era uma manhã muito chuvosa, trovejava muito, ventos e raios anunciavam minha chegada (risos)...


Quando o cabeçudo aqui saiu, na mesma hora um trovão comemorou e o médico disse:

-Esse vai ser elétrico.

E ele acertou, sempre fui uma criança Hiper ativa, quebrador de tudo, quem me conhece hoje não imagina o trabalho que dei.

Graças a um pai generoso e uma mãe super dedicada, venci a infância e a adolescência, idade-problema, em meio às revoltas e manhas eu consegui.

Hoje sou adulto, estou conseguindo aos poucos (bem pouquinho mesmo) realizar meus sonhos.

Agradeço a todas as pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida e me tornaram esse sujeito que sou hoje.

Agradeço a vocês amigos aqui do blog! Amigos que, embora longe, estão sempre aqui pertinho, nos comentários maravilhosos, mesmo alguns sendo discordantes são importantes para minha melhora.

Esse texto é um agradecimento a vocês! Amigos blogueiros. Continuem aqui comigo sempre, eu estarei sempre aqui, perto a um “clic” de distância.


Brigadão a todos pelas palavras de carinho, pela atenção dedicada, pela oportunidade de, a cada dia, ser um homem um pouquinho melhor!

Brigadão e Brigadão.

E rumo ao TRIGÉSIMO SEGUNDO.

[estou em horário de almoço, adoraria escrever mais]

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Relato de um Qualquer.

A sensibilidade de fazer você se emocionar com uma cena qualquer é a mesma que faz você saber, por exemplo, quando uma pessoa precisa de você!

Ter o Dom de saber ficar calado, apenas do lado.
Ter o Dom de falar quando uma pessoa quer escutar!

Isso tudo é sensibilidade.

É sentir o que a vida mostra! A vida não mostra a cores nem em preto e branco, ela mostra invisivelmente. A vida mostra aos que sentem.

A visão é feita pra gente não tropeçar!

Ter sensibilidade é coisa de viado! Diriam alguns.

Sensibilidade é não querer escutar certas coisas, é não querer participar de certas coisas!

É abrir a porta e sair! É descer a escada.

Ter sensibilidade é viver em outro mundo! É sofrer, o sensível sofre!

É ser discriminado, é não ser compreendido. É ser alienado.

No mundo insensível não há espaço pra coisa alguma. O horário deve ser cumprido, não aperte as mãos, nem olhe nos olhos. Fique cabisbaixo, reclame da vida e jamais sorria, jamais!

Não pense em agradecer, não retribua um favor! A menos que queira sofrer.

Quando alguém espirrar, não diga saúde e papel? Sim! Jogue no chão, lixo pra quê?

Mundo insensível.

No mundo de agora não há espaço pra coisa boba, coisa pouca, coisa alguma.

Sou bôbo, sou pouco.

Sou um qualquer. Sou um desses aí.

domingo, 25 de outubro de 2009

Se até agora você não me conhece.....

Vou esperar o verão passar. Esse clima quente tira-me o fôlego. Bicho de hábito noturno não enxergo direito de dia, bicho polar que sou, não me sinto bem nesse clima quente em que vivo há mais de trinta anos.

Bicho no lugar errado.

Gosto da noite.
Gosto do escuro.

Bicho estranho eu sou!

O clima claro, quente, suado do verão me incomoda, é muita coisa pra olhar, na gosto de tanta opção, gosto de olhar uma coisa de cada vez.

Bicho no lugar errado...

Moro no litoral. Terra de Sol, calor, gente sarada, suada, pelada... Gente bronzeada.

Não me enquadro em nenhum desses tipos aí.

Mas o litoral é bonito, à noite, as luzes da cidade refletindo no azul do mar. Gosto de ver a aurora, o ocaso, na realidade sou apaixonado pelo crepúsculo!

O tom roxo! Isso é o motivo disso tudo. O Roxo.

Estamos no horário de verão! Bicho ambíguo que sou, deveria detestar tal horário tendo como base o relato aí em cima, porém eu gosto! Agora a questão é?

Gosto por quê?

Acho que a reposta é a tal da nostalgia! O horário de verão me lembra a infância, quando eu chegava da escola e ainda estava claro, poderia brincar mais. Essa é a única alternativa que encontro. Mas eu gosto do horário de verão, sem nenhum motivo atual.

Bicho de hábito noturno que gosta do horário de verão!

Vou esperar o verão passar, mas se o horário quiser ficar mais um pouco eu vou gostar!


“If you don’t know me by now You will never never know me” (ouvindo na versão do Seal)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Des- encontros!

Um buquê de flor, vermelha, coisa de apaixonado.
O telefone no ouvido, coisa de quem está com a cabeça em outro lugar (por isso que não é legal dirigir falando ao celular, por causa da cabeça).
A melhor roupa, o melhor penteado, o melhor perfume, a melhor hora.
Desliga o telefone, aumenta o som do carro e olha pela janela, coisa de quem ainda está com a cabeça longe.

Verificação de rotina:
Cartão de crédito. OK!
R$ 50.00 pra eventualidades. OK!
Celular carregado. OK!
Preservativo. OK!
Carro limpo. OK!
CDs a postos. OK!
Dentes escovados. OK!

Relógio acertado, meia hora antes tudo está pronto.

Ela, ainda no trânsito, pensa no serviço. Na bronca do chefe ontem, na mãe que falou novamente nas contas!

BI BI BI BI BI BI BI BI BI ....” Motoqueiros”

Hora marcada!

Ele: Tuuuu… Tuuuu… Tuuuu…
Ela: Aloa!
Ele: Oi! E aí? Em casa?
Ela: O-oi! “putz!!! Esqueci dele!” então... To meio enrolada no trânsito, já ia te ligar. Acho que nem vai rolar...
Ele: Ahh! Sério? Poxa! Tudo bem fica pra próxima, também to enrolado no serviço.
Ela: Claro! Vamos combinar nesse fim de semana mesmo. Poxa! Me desculpe.
Ele: Tudo bem, fim de semana a gente se fala.
Ela: ta ótimo então, até lá!
Ele: Até.
Ela: Beijos
Ele: Tu tu tu tu..

Flor no vaso da sala.
Cabelo despenteado.
Roupa de novo no cabide.
Carro na garagem.
Perfume no AR.

Há males que vem para o bem?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Caros Amigos!!!

Venho aqui pedir a ajuda de Vocês!!!

gostaria de pedir, se possível, que entrem nesse site, se cadastrem e Votem neste curta!! Produzido por mim e meus amigos!!!!

O cadastro é rápido!!

Ajudem-meeeee!!!

Brigadão a TODOSS!!!

http://www.festivaldominuto.com.br/templates/Player.aspx?contentId=10456

Eu e a Camila.

Hoje fiz diferente. Acordei tomei apenas um copo de leite com alguma coisa lá... E fui.
Coloquei o short, o tênis e fui andar na praia, já não agüentava mais lastimar o tempo chuvoso, já não agüentava mais me sentir sedentário (mais do que já sou), tava demais.

Longe de ser atleta de final se semana, longe de ser alguma coisa que não sou, é que às vezes me incomodo com algumas coisas. Voltando...

Incomodado com meu sedentarismo e com a falta de tempo mais ou menos bom, hoje sem demora fui a praia andar. E é claro, pensei, é impossível andar na praia sem pensar em um monte de coisa! Desde os problemas ambientais (vendo a sujeira do povo porco) até questões relacionadas à natureza humana! Natureza humana? (risos) Quem me dera...
Não me aprofundei muito não...

Tinha uma moça caminhando mais ou menos perto de mim, ela também ouvia música no seu MP3, eu ouvia Nenhum de Nós, ela, pelo estilo, ouvia Bach.

Ela tinha um estilo todo pomposo, meio barroco por isso eu acho que ela ouvia Bach (Bach era barroco né?). Pois bem, fiquei imaginando se ela ia curtir Nenhum de Nós, será que ela trocaria Bah por Nenhum De Nós? Pelo menos Los Hermanos, será que ela ia curtir? Depois de Nenhum de Nós tinha Los Hermanos.

Se eu dissesse que a música “De onde vem a calma” é minha cara! Será que ela ia acreditar?

Fiquei com medo, e se de repente ela parasse, me esperasse e perguntasse se eu curtia Bach? O que eu ia dizer?

- Bach? Como assim?

Que medo, com muito medo continuei.

Ela atendeu ao telefone (celular na praia acho feio) Mas tudo bem, segui em frente, imaginando quem poderia ser? Quem seria tão irresponsável em atrapalhar uma caminhada tão singela!

Já sei, deveria ser médica, aquele telefonema era uma emergência médica.

Fiquei imaginando ali que talvez ela pudesse estar salvando uma vida, estilo HOUSE, só dando ordens. Tão linda! Ela falava bem séria, sem perder o passo.

Mas e o Bach? Agora no meu MP3 tocava “Camila Camila” E fiquei pensando qual seria o nome da Doutora a minha frente...

E se fosse Camila? Deveria ser Camila e algum sobrenome Alemão, pra combinar com o Bach.
E Seu eu gritasse Camilaaaa... Camilaaa... (fingindo estar cantando) pra ver se ela olharia pra trás? Não! Claro que não tinha coragem.

A doutora Camila seguiu seu passo firme, certo, rumo ao infinito e Eu com meu Fôlego sedentário desisti, cansei e voltei, deixei a doutora em paz! Salvando vidas por aí...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Posso sorrir em paz?

E só porque é segunda? Só porque ta chovendo? Só porque acordei tarde? Só porque estou de folga?

Quero sorrir oras! Posso?

Sorriso de Segunda é mais legal. Sorriso de Segunda é aquele inacreditável, é aquele que ninguém entende.

Sorria no elevador, Segunda de manhã pra você ver os olhares!!

“O que esse idiota ta sorrindo?”

O normal é ser depressivo. Ser triste. Ser... Sei lá o quê.

Ser feliz ou estar feliz é fora de moda. Démodé.

Quero sorrir! Mesmo que apenas por dentro. Perto do chefe que está todo enrolado no serviço, os superiores dele cobrando, ele te cobrando e você ali com cara séria e GARGALHANDO por dentro. Pensando:

“E eu com isso?”

Quero sorrir Segunda-feira.

Quero acordar e ver que no meu celular tem uma mensagem:

“Essa noite sonhei com você”.

Quero sorrir. Qual o motivo? Não. O Fim de semana não foi especial, foi normal.
Ganhei na loteria? Não, não, nem jogo.
Meu time? Que nada, o São Paulo perdeu, quase sai do G4.
Fui promovido? Nada!! Na mesma, subalterno ainda.
Então é mulher? Também não, até que eu queria que fosse, continuo na mesma, desde a lésbica lá, não rola nada! Vixi... Faz alguns meses né?
Então o que é?

Pó! Não tem “o que é”! Quero sorrir nesta Segunda posso?

Deixa-me ouvir Beirut aqui, quieto. Sorrindo.

domingo, 18 de outubro de 2009

Super Girocoptero (Soltador de palavras)

(Viagem de Domingo)

Tendo um girocoptero eu subi lá em cima nas alturas dos lugares altos.

E AI de quem falar algo!

Com minha hélice amarrada às minhas costas eu fui o senhor das coisas todas. Como assim? Ora! Quem vê lá do alto vê melhor! Eu, por exemplo, no alto dos meus 1.69m não vejo grandes coisas... Só as pequenas...

Vendo as coisas todas eu fiz diferente. Aboli o nunca, o jamais, o impossível e o deixe estar.
Certas frases foram proibidas de serem ditas uma das primeiras foi a famigerada:

“Tipo assim”

Tipo assim não dá!

Sendo viajante das alturas eu empurrei as nuvens escuras que insistem em estacionar sobre a cabeça de algumas pessoas, ali, coloquei um pouco de sol, mas só um pouco, pois, se eu colocasse bastante sol, a reclamação seria imediata. Na minha viagem intraterrestre eu cheguei a lugares altos, onde foi possível me aproximar mais Dele, o que será que falei a Ele? Acho que nada! Como diz a canção, eu apenas olhei, Ele com certeza entendeu minha prece...

Agora purificado, com meu super girocoptero eu dei um rasante lá pelos lados distantes da terra, vendo o povo daqueles lugares eu aprendi palavras novas, palavras que são gostosas de serem ditas, na volta eu soltei tais palavras por todos os lugares... O super girocoptero soltador de palavras, esse era o apelido.

De volta as alturas passando pelos oceanos, partilhei com o azul e o verde. Misturei essas cores às cores do céu azul avermelhado e coloquei na hélice, a força do rotor mandou as cores bonitas para os quatro cantos do planeta!

Depois dessa viagem maluca eu acordei...

Ou será que dormi e agora estou sonhando?



Tudo culpa do velhinho da China, ponto final.


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sábado, 17 de outubro de 2009

O menino da gaita.

Vou comprar uma Gaita! Agora é sério! Já vi preços, estilos e tons!

Agora vou ser famoso! Vou tocar em vários lugares, países e festivais.

Que roupa combina com gaita?

Meu terno de linho branco?
Minha jaqueta de couro estilo James Dean?
Minha boina de tiozinho?
Ou meu chapéu de John Wayne?

O bom de ter imaginação é poder viajar! Ir a lugares nunca d’antes navegados.

Será que saberei os sustenidos e bemóis?

C D E F G A B... É isso né? Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si...

Ah! Fico aqui imaginado... A banda tocando e eu acompanhando na minha gaita!

Na hora do Solo... A banda para pra minha entrada espetacular...

Mas não gosto disso tudo! Vou pedir pra banda não fazer isso.

Não gosto de ser astro. E agora? Nem quero solar, só quero fazer a base. Ficar ali na minha, sabe? Como sempre, sem querer ser notado.

Vou pedir pra não solar! Quero só fazer as bases e o Backing na hora do refrão!

To aqui imaginado tudo, na minha cabeça tudo pode! Portanto, eu posso.

Segunda-feira eu compro a gaita!

Vou viver soprando e aspirando por aí!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cuide BEM do seu AMOR seja quem for.

E a minininha que ganha um balão super colorido! Mas o balão está preso ao seu pulso para não voar! Ali ela aprende uma lição. “Quando eu tiver balão colorido tenho de prender ao meu pulso, para ele não voar”.

Quando cresce o Pai, super cuidadoso compra um aquário e coloca vários peixinhos de todas as espécies, e receita: Filha! “Não esqueça de trocar a água, se não o peixinho não respira”. Uma nova lição: “para o peixinho sobreviver basta-me trocar a água”

Já maiorzinha a linda menina ganha um periquito em uma MARAVILHOSA gaiola! Papai cuidadoso alerta! “Filha, cuidado para não esquecer a gaiola aberta, se não seu passarinho voará”. Logo: “passarinhos não podem voar, têm de ficar bem trancadinhos”.

E Assim o tempo passa. Gato criado no apartamento (8º andar), cachorro na corrente.

Agora adulta a ex-menina, agora mulher, tem seu namorado, noivo, marido e como boa mulher que um dia foi uma prendada filhinha cuida de SEU homem...

Troca a água de seu bichinho todos os dias, a gaiola sempre fechadinha, quando sai, o leva amarrado ao seu pulso...

Pertencimento... A felicidade consiste em ter tudo ao seu controle. CONTROLE.

A culpa é de quem?

Nossa...


“Vou sonhando em outros ares, vou fingindo ser o que eu já sou. Mesmo sem me libertar eu vou”. (Liberdade – Marcelo Camelo).

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Não sou príncipe.

Hoje apenas passe.
Amanhã ao passar dê uma olhada, rápida.
Depois passe mais devagar, espere o olhar ser retribuído e continue...
Num próximo dia, pare próximo, deixe ser notado.
Agora, pare junto, cative...

Bela lição da raposa!

Cative! Mas eu me pergunto... Será que você quer ser cativada?

A raposa queria... Mas ela, você não é raposa. E eu não sou príncipe.

Quando não se é príncipe as coisas são mais difíceis. Como cativar sem ser príncipe?

Passei perto.
Depois dei aquela olhada, rápida.
Passei devagar, vi seu olhar e continuei.
Parei próximo e fui notado.
Juntei, mas não sei se cativei, fui embora sem saber do mais nem do além.

Você não é raposa?
Eu não sou príncipe?

Estou aqui olhando o pôr-do-sol.
Visitando mil planetas, procurando.

Acho que sou invisível aos seus olhos.

Ou os meus não sabem procurar os seus...

Não sei...

domingo, 11 de outubro de 2009

Óculos limpo.

Tentando novamente. A mesma calça, a mesma blusa o All Star de sempre, preto, surrado.

Andando pelos cantos, boina na cabeça, barba pra esconder, óculos sujos (de sempre) pra nem ver, nem reparar nem ligar.

O nem ligar! Eis o mal.

Ao nem ligar, perdeu oportunidades. Perdeu a chance de deixar de reclamar no futuro.

Algo mudou, talvez, agora vai ligar.

A boina, o All Star, a mesma coisa toda! Porém, os óculos estão limpos.

Limpei os óculos! Agora quero ver. Prestarei mais atenção às coisas, aos detalhes, aos gestos.

Tentando, agora vendo.

Coração arregalado, olhos atentos. Vamos ver se dará certo!

Só tem uma coisa; A sinusite incomoda, deixa a cabeça pesada, tão qual a desilusão passada.

Mas ela, a sinusite, não afeta ao coração. Portanto, se mostre, estarei atento aos sinais.

sábado, 10 de outubro de 2009

Controle Remoto!

Aperto o “ON”, ligou?

É isso aí, agora é pra valer. Nem adianta querer despensar, desver, dessentir, nem adianta inventar palavras. Você vai pensar e quando vir vai sentir.

Não importa o que ele teve, tem ou terá.
Nem o que ele fez, faz ou fará.

Naquela hora, a hora certa, você vai se lembrar.

Na palavra não dita, no carinho não feito, no aperto não dado. O valor dado posteriormente é invalioso, é sem doce, é opaco.

O legal é ser reconhecido. Ser entendido! Um obrigado, um TE AMO, vez em quando, é bom né?

Não compare, por favor! Não faça isso, nem por mim nem por você.

Comparar é ser injusto.

Injustiça! Palavra conhecida, por mim. Desprezada, por você.

Aperte o PAUSE.

Repare naquele tom de voz, no toque, no jeito. Lembrou algo?

A Paciência? Aproveite que está tudo parado, ouça a trilha! Não tem né? Eu sei.
Analise a imagem, fotografia real! Foto sem graça essa sua. Ta tudo meio cinza aí.

PLAY novamente.

Tudo voltou. O toque, o beijo, o olho, a mão, a briga. A briga.

Não tem PREV. Não volta.

Sugiro; STOP, EJECT e troque a fita.







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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

We Can work it out.

Podemos dar um jeito!

Não temos motivos pra ficarmos assim concorda?

Discordo! Eu disse (logo eu que não discordo de nada e pra quem tudo está bom).

Tem muita coisa pior por aí, pense como eu penso, tente!

Mas não consigo pensar dessa forma, sou egoísta e o egoísta não pensa como os outros pensam, ele pensa somente como ele pensa, e não consegue, também, pensar nos problemas dos outros, como bom egoísta, só consigo pensar nos meus problemas.

Ah! Para de bobeira, onde você é egoísta?

Onde? Aqui dentro, por fora sou legalzinho e tal, mas aqui bem dentro, bem lá no fundo sou egoísta sim!

É? Poxa, não sabia, fiquei até meio assim agora.

Você não é assim também não? Achei que todo mundo fosse assim como eu.

Sou não!

Não? Poxa, que chato, achei que eu fosse igual aos outros.

É Não!

E agora?

Não sei... Aumenta o som aí, essa próxima é legal.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Chega de curvas e surpresas

Queria uma estrada reta, daquelas que vai dar não sei onde. Estou meio cheio de estradas sinuosas como as que conheço. Sempre preferi as curvas, sempre preferi cortar caminho. Mas é chegada a hora da reta! To sentindo isso. Seria perfeita uma estrada daquelas de filme do Arizona, terra vermelha dos lados, o horizonte distante, bem distante, as linhas da estrada se fecham lá no fim das vistas, quase se cruzando. Se eu me deparasse com uma dessas pararia de imediato, ficaria ali, olhando as linhas se encontrando. Adoraria estar nesta estrada, só! Parar num lugar qualquer só pra passar a noite, tirar a poeira do corpo e no dia seguinte seguir, pra onde?

Lugar nenhum!

Queria apenas ir! Sem motivos nem objetivos, como diz a música. To meio assim hoje, não sei se amanhã vai passar, nem faço questão que passe, nem que fique. Hoje não to fazendo questão de nada. Minha estrada precisa de uma reta.

A estrada reta é objetiva, você vê lá na frente, não tem surpresa, se tiver obstáculo dá tempo de desviar, to cansado de curvas e surpresas!

Hoje... To cansado.

Vou ficar aqui no acostamento, quem sabe aparece uma carona, ou amanha acorde melhor.

sábado, 3 de outubro de 2009

Hoje pensei assim...

Sabe que hoje eu tava pensando? É, agora à noitinha pensei em você.

Você de vestidinho colorido. Mas engraçado....

Nem pensei muito no seu corpo.
Nem pensei muito na sua boca, em mim.
Nem pensei muito na sua mão, aqui.
Nem pensei muito nisso não.

Pensei num monte de coisa assim...

No teu olho, olho que olhava, é difícil hoje em dia olho que olha. O seu me olhava, me dizia tanta coisa, que os meus olhos ouviam tudo, cada palavra dita pelo seu. Teu olho me admirava, me agradecia olhos de gratidão! Tão lindo e raro. Teus olhos me olhavam por dentro. As palavras ditas iam lá no fundo, meu olho molhou ao ver o seu.

Pensei na sua voz. Sua voz era perfeita. Inteligente, eficaz, voz suave. Sua voz dizia coisas que meus ouvidos se arregalavam para ouvir! Sua voz me notava, me olhava, me dizia. Sua voz tinha cor, cor bonita daquelas que a gente não conhece.

Pensei no perfume. Não aqueles perfumes que a gente vê no Shopping. Era um perfume diferente, era teu, perfume de mulher igual ao filme lá! Teu perfume me tocou, transmitiu calor, senti sua textura, sua pele, senti você ali. Teu perfume te mostrou pra mim.

Que pensamento gostoso!

Hoje... Pensei assim.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A serra cega.

Vou te emprestar uma serra, bem pequenininha! Sim, e cega pra dar bastante trabalho.
Quem mandou querer se acorrentar?
Vou te ajudar claro, alguma vez te neguei algo? Mas não vou cerrar nada! Te emprestarei a serra e nessas condições. Você vai ficar ali serrando, serrando querendo livrar-se, e teu suor vai te fazer refletir.

Quando avisei, não ouviu! Não quis nem que eu terminasse a conversa. Agora! Ta aí, corte a corrente com a serra cega.

A serra cega ensina. O aço liso da serra em contato com o aço liso da corrente vai ensinando aos poucos, o contato dos lisos vai te mostrando o quão pode ser perigoso contato de iguais. Duros X Duros. Um querendo mostrar ao outro quem é mais forte, um querendo levar vantagem em cima do outro.

Vamos não pare! Corte a corrente que te prendeu.

A corrente já tem um vinco, ela está cedendo ao corte da serra. Será que a corrente é mais sensível que a serra? O que é sensibilidade você sabe?

Não né? Nem deu tempo de aprender a ver o mundo de outra forma.

Agora você está fazendo o que sempre fez, serre no vinco, não saia do trilho feito por você, sempre no mesmo lugar, machuque a corrente, sempre ali, se mudar de posição não irá serrar! Machuque, machuque, sei que você é boa nisso.

A fenda aumentou! A serra está cada vez mais cega! O contato dos lisos está cada vez mais evidente.

Lisos e duros X Lisos e duros te lembram algo?

Enxugue às lágrimas! Ainda é tempo de felicidade. Afinal, a primavera começou agora.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Curta o Curta!!!

Povo! Só pra divulgar, um trabalho nosso que fizemos pro festival do Minuto, cujo tema era: A Diferença Entre Garotos e Garotas, fizemos sob a ótica d'um simpático mecânico.

http://www.youtube.com/watch?v=N5QTTghizck

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Partidas e chegadas.

Arme sua rede! Mate a sua sede, eu estou aqui. Se desarrume, tire o perfume, bagunce seu cabelo, coloque a cara de sono! Não esqueça, acenda o Almíscar sou escorpião!
Ambiente energizado. Venha e me chame de amado, o Chico, o Tom e o Vinicius vão comemorar.

Tem pausa para o chá! Em seguida as mãos vão se encontrar e tudo, tudo irá recomeçar.

Estou chegando, não trago pressa, nem grana e nem festa, chego em silêncio à luz do Luar.

A mala.
O carro.
A desculpa.

Deixei tudo lá fora pra quem quiser levar.

Voltei não por outro motivo, nem sei o de ter saído, mas fui pensando em voltar.

Quando você falar, não conte sua história, não quero saber o que fez no seu tempo de sem mim.

Da rua.
Do tempo.
Da chuva.

Também sei como lidar.

Voltei. Abra a porta e sorria. Esse é meu troféu.

domingo, 27 de setembro de 2009

Paixão Utópica. (vai que acontece?)

E você nem me conhece né? Que pena! Ou não! Vai saber. Mas te digo uma coisa, te conheço, e como conheço! Lembro-me daquela Quarta-feira, mágica. Confesso que sonhei com você, natural devido à minha carência atual. Fiquei, eu e minha gigante imaginação, imaginado a gente junto, ali mesmo onde te vi pela primeira e última vez.
Na minha imaginação sua mão pequena e linda me acariciava, imaginei seu pezinho junto aos meus. Seu cabelo ainda molhado foi perfeito pra cabeça do rapaz aqui ir longeee...

Ah! Que quarta, meus amigos que o digam!

Será que um dia a gente vai se conhecer? Posso ser sincero? Não! Creio que não.

Por quê?

Ah! Só estou sendo pessimista e realista. Vamos analisar o fato...

Você mora em outra cidade, um pouco longe da minha (pesquisei no seu orkut).
Você vive uma realidade super diferente da minha.
Gostos? Algumas coisas iguais. Poucas.

Ah! Chega de falar nisso, prefiro apenas sonhar.

Fico imaginando um primeiro contato, mesmo que virtual; Algo assim:

Você: Oi
Eu: Oi, tudo bem?
Você: tudo sim, então você gostou daquele dia?
Eu: sim, adorei.

Esse poderia ser o começo, gostaria que esse papo terminasse assim:

Você: Nossa preciso te ver, quando eu posso ir aí?

Aí seria a realização!!!

Por enquanto vou sonhando aqui, afinal, sonhar não custa nada, já dizia a Paulinha.

sábado, 26 de setembro de 2009

Preparado pro encontro.

Não sei se movo uma ou duas palhas, se corro atrás da bola ou se visto a carapuça.
Mas, como a esperança é a última que morre, vou esperançar. Na minha esperança vou conseguir te ver olhando pra mim, vai ser um olhar indiscreto, ao contrário dos seus normais, todos imperceptíveis. Quero estar preparado pro seu olhar, por isso estou sempre desarrumado, desajeitado e barbudo. Ando por aí esperto, sempre que te vejo faço pose de galã, pose de John Wayne, arrumo meu chapéu meio torto um pedaço da aba cobre um de meus olhos, coloco uma das mãos na cintura a outra deixo livre para o aceno. O aceno que nunca acontece.

Dias desses vou ser notado, quando eu for notado vou dar uma festa, vou chamar todos meus amigos e suas lambretas possantes, nossas jaquetas de couro e a brilhantina deixarão tudo mais bonito e fixo também. Vocês meninas, estarão de vestidos coloridos rodando, rodando sem parar, dançaremos ao som de Elvis e Billie Holiday, o James disse que vem, mas pediu pra chamá-lo só de James mesmo, esse negócio de James Dean foi inventado pelo povo do cinema.

Será que serei visto por você?

Sim! Serei visto por você e estarei preparado. Espera só um minutinho, me deixe terminar de preparar meu cavalo, aí sim você poderá olhar. Pronto. Agora sim, pode olhar....

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Respeito! Palavra que eu conheci e hoje não existe mais.

Fatos reais...

Ela linda, casada, marido trabalhador, ele homem normal, trabalho/casa, casa/trabalho.

Se algo está errado, por que não conversar? Por que não abrir o jogo? Não. É mais fácil acovardar-se.

Pois é, algo não estava bem.

Rapaz solteiro, corpo atlético, morando só, conhecido no meio por ser namorador.

Ela o viu e o quis.
Ele, como sempre acontece, não precisou de grande esforço, a levou pra cama.

Amantes viraram.

Marido triste, sem entender o que de errado acontecia.

Ela feliz com a conquista, agora tinha dois. De tão feliz apresentou seu troféu a uma prima, mais velha também casada.

Prima: loira, “academista”, casada, marido cantor da noite.

Rapaz namorador, encantou a mulher do cantor, os dois passaram a cantar juntos enquanto o cantor cantava a noite.

Loirinha do começo, mulher do trabalhador descobriu, ficou com raiva da prima e cortou relações. Perdeu prima, namorador e agora recentemente o marido trabalhador que descobriu as desventuras da moça!

Rapaz namorador de saco cheio não quis mais cantar e deixou a mulher do cantor, dizem que está por aí, se consultando com uma médica, consultas noturnas, no horário do plantão do também médico marido.

Loirinha primeira; casa da mãe, filhos, sem marido, sem rapaz namorador, sem prima.
Prima; sem cantor e sem namorador, liga pra prima que não atende ao telefone.
Médica; consultas noturnas na cama do médico marido.
Médico marido; plantão tranqüilo examina a enfermeira na maca da emergência.
Namorador; sai da casa da médica e passa na farmácia onde tenta convencer a farmacêutica a conhecer seu apartamento cheio de remédios fitoterápicos.

Mundo Moderno Melhore.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sem peso.

Subvertendo a tudo e a todos, ela segue!

Atendeu.
Combinou.
Sorriu.
Espelhou-se.
Banhou-se.
Perfumou-se.
Roupou-se.
Espelhou-se (novamente).

Saiu.

Esperou.
Esperou.
Avistou.
Entrou.
Beijou.
Pegou.
Carro parou, ela desceu, chorou.

Mão no ombro, mão leve, mão segura, mas sem peso.

Mão leve a trouxe.

Acarinhou.
Acalmou.
Acolheu.
Escutou.
Entendeu.
Falou.
Beijou.
Encaixou.
Ela; ela gozou, dormiu.
Acordou.
Telefone tocou.
Atendeu, mão leve ligou.
Logo, ela se apaixonou.

Mão leve estava certo, sem peso conquistou.

domingo, 20 de setembro de 2009

Vou sonhar assim então!

Então seja assim. Não precisa falar alto, aliás, não fale alto nunca. Fale baixo, fale perto!
Seja carinho, seja doce, me diga com olhar, entenderei. Diga-me como foi seu dia, quero seu dia agitado, quero histórias pra contar. Vamos conversar, vamos beber, vamos rir.
Não faça perguntas óbvias, não questione minha integridade, não esqueça que o motivo de sua paixão (avassaladora) foi justamente minha integridade. Tenho palavra, sou homem, nunca esqueça disso nem por brincadeira.
Em troca, terá a fidelidade. Terá atenção desmedida. Terá amigo, companheiro, terá amante.

Coloque sua sandália, aquela que foi trocada pelo salto.
Coloque àquele vestido estampado, que você só usa nas tardes de verão, use-o mais vezes.
Tire as gírias do escritório da boca, não entendo o seu “executivês”.
Coloque a nossa forma simples de falar, sem erros e sem luxo.

Tire o luxo! Não precisaremos disso.

Vamos ouvir coisa nossa, deixe os gringos pra lá! Esqueça o eletrônico, ouça o batuque.

Esqueça o “HUSH HUSH I NEVER NEEDED YOU BE STRONG”
Cante assim ó: “AH! SE O MUNDO INTEIRO ME PUDESSE OUVIR”.

Que tal? É pedir demais né?

Mas deixe-me sonhar...

sábado, 19 de setembro de 2009

Espírito de Travolta.

Adoro a dança, mas não sei dançar. Como posso ser assim? Não é aquele “não sei dançar” que todos dizem, o meu é diferente, primeiro porque é meu, sendo meu é diferente mesmo e é diferente, pois, não sei e nem tento, fico travado, acorrentado, o corpo para! O espírito se incomoda com o corpo que o prende, meu espírito se rebela, pula, fica inquieto, mas o corpo, o corpo não deixa, fica ali plantado no chão. Sempre foi assim comigo, toca uma música e o conflito interno acontece.

Queria saber dançar.

Adoro ver casais dançando, adoro Grease, Nos embalos de sábado à noite, adoro essas coisas.

Mas não sou viado, calma. (tenho certeza que alguma mente perturbada pensou isso).

A dança tem esse poder, poder de mudar muitas coisas, curar doenças, fazer-nos felizes.

Vou aprender.

To meio dançarino essa semana, fui duas vezes a bares onde tocam MPB e tem instrutores de dança pro povo não ficar parado, mas eu fiquei parado. Como sempre. Que saco. O corpo preso ao chão e a cabeça viajando no ritmo dançado pelos freqüentadores do bar.

Tão legal! Tanta diversão, ali as pessoas estavam felizes, naquele curto espaço de tempo da canção, 3...4 minutos de pura felicidade.

Eu fiquei parado, mas não atrapalhei, fiquei ali na minha sentindo-se feliz pelos outros.

Um dia é minha vez, vou me matricular. Da próxima vez vou aceitar o convite da instrutora de dança.