quarta-feira, 22 de junho de 2011

Aqui, como quem não quer nada

Falei cara, deu coroa.
Disse sim, era pra ter dito não.
Fiquei, era pra ter ido.
Fui... na hora errada.

E assim vou levando, meio trôpego, meio sem jeito, meio cabeludo e meio barbudo.

Percebi o sol ali querendo fugir, talvez como eu, mas chamei pelo nome e quando a gente chama pelo nome o negócio fica sério.

Eu disse: Sol!

Ele olhou, ficou com preguiça e mandou a chuva. Eu, pensando em ter sol tive chuva, como na moeda, pensei cara e deu coroa.

Não estou na vez. Vou ficar por aqui aguardando minha hora chegar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pertencendo

Adoro o cheiro do mato!

Nesse final de semana de quatrocentos e poucos quilômetros de distância, senti o poder que tem o conectar.

Como é bom estar junto!

Tão sábios aqueles que têm o poder e a magia de juntar gente, juntar raízes, contar histórias... Ainda mais quando essas histórias são as nossas.

Senti uma alegria imensa, mesmo vendo tudo do lado de cá. Mesmo não pertencendo me senti pertencido, tamanha a magia do povo. Eita povo que sabe fazer acontecer.

Nos quatrocentos e poucos quilômetros aprendi muita coisa, como por exemplo, ouvir calado, olhar sentindo, tocar sabendo... Aprendi sim.

A secura se manifesta somente no clima, que racha nossa boca e seca o nariz... Acho que com um sábio propósito... Fazer-nos falar menos e sentir mais.

Com o nariz seco a gente cheira mais? Não sei, talvez sim.

É tão bom tudo isso, fazer parte de um pedaço do todo.

Adoro o cheiro do mato, da terra vermelha... Aquele pôr do sol na estrada, o trator sujo de barro, a Belina setenta e poucos conservada... E o Sol que nasceu à nossa frente quando estávamos indo? Será que estávamos no rumo certo? Não era pra nós estarmos indo rumo ao poente?

Foi só uma pequena prova das curvas da vida!

Mesmo a gente indo no rumo certo, tem-se a impressão de estarmos errando ou errado, mas é assim mesmo... No final tudo se ajeita!

É bom demais pertencer.