domingo, 28 de fevereiro de 2010

Dia Quieto.

Dia de abrir janela e deixar o novo entrar...

O novo nos aparece de várias formas, dum raio de sol, uma nota musical, do latido feliz do amigão que está no quintal te aguardando pro bom dia, o novo sempre aparece.

O novo aparece com o pingo da chuva do Domingo chuvoso. Domingo feliz sim.

Daqui vejo a árvore parada, não tem vento, o novo veio sem vento hoje, quer ficar quieto. Tem dias que o novo não quer bagunça, não quer festa, apenas que estar, aqui, ali, aí!

Em dias assim, dias de quietude jogo seu jogo, ando sem pisar forte, vou levando suavemente sem encostar nas beiradas.

Decifro cada sinal do novo!

Dia quieto, de paz.

Vou fazendo silêncio, falando baixo, olhando devagar, nem pisco tanto.

Domingo bonito, quieto e sereno.



Se a gente não se cansa nunca de aprender. Sempre olhar como se fosse à primeira vez. Se espantar como criança a perguntar os porquês”.




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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sol passou. Chuva chegou

Nem adianta me chamar, mexer comigo, falar um monte de coisa... eu não abrirei meus olhos. Quero ficar assim, inerte, dormindo.

Quando durmo eu penso e vice-versa.

Sei que tenho sono leve, sei que preciso fazer algo, que é necessário reagir, mas pelo menos agora, me deixe assim.

Minha cabeça precisa de nada, tem muita coisa pendente, muita coisa na mente.

Preciso sorrir.

Não sei o que mais me incomoda, se nada mais me importa ou se algo novo vai surgir.

Me deixe esperar o dia, com a boca aberta e o pé pra cima, uma hora vou sair.

Hoje, o que mais quero é me ter pra mim.

Portanto.

Me deixe assim.




Há um conflito um nó. Eu difuso enfim, os pássaros vêm me levar aí, visitar o céu”.




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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Antes só que mal acompanhado.

Plac!

-Abriu?
-Aham!
-E aí... O que é?
-Não sei, ta escuro.
-Acenda o fósforo.
-Não tenho, parei de fumar.
-Fez bem!
-Ué? Não gostava de me ver fumar?
-Claro que não! Odeio cigarro!
-Vixi! Mas você nunca disse nada.
-Pois é!
-Tem mais algo que você não gosta em mim?
-Pare de perguntar e entre logo aí.
-Agora quero saber...
-Saber o quê? Entra logo! To com medo.
-Eu to preocupada!
-Ai meu Deus!! Entra logo, ouvi um barulho.
-Não muda de assunto!
-Quem mudou foi você, entra logo aí! Pelo amor de Deus criatura.
-Não saio daqui enquanto você não me responder.
-Chega! Desisto.


Plac!

-Abra essa porta! Vai ficar sozinho aí dentro? Tem certeza?
-Tenho! Vou ficar aqui pra sempre e pare de fazer pergunta.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Começo o ano de folga.

Hoje começou o ano. Já estamos no final de Fevereiro, mais de 50 dias do começo do ano. Meu ano começou bem, acordei tarde, comecei o ano de folga no serviço... Que folga né? Folga de segunda é bom. Parece Domingo, mas um domingo agitado, pessoas nas ruas, trabalhando e eu aqui, sentado em casa... Pensando, pensando em como é bom estar em casa pensando.

Fui ao meu serviço assinar UM papel que tinha data. O papel não estava de folga, só eu.

Passei pela praia, mas ta muito quente, entre a praia (sol) e meu quarto com Ar (caro) decidi ficar mais pobre e vim pra casa, cá estou.

Coloquei um Teenage pra tocar... Pensei em quem está longe... Falei com quem está perto.

Lembrei de uma coisa legal... Hoje tem aula.

Estava com saudade do povo da faculdade, falta da cerveja e das aulas ao ar livre.

Saudades...

Comecei o ano com o pé direito, o lado esquerdo da minha cama é encostado na parede, sempre é assim, pé direito no chão.

Então Vamos nós...

De folga.
Ouvindo Teenage.
Pé direito.
Ar (caro).
Aula legal.
Cerveja gelada (talvez).
Saudade grande.

Bom ano pra nós.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Coisa estranha de sentir.

Sabe aquele filme lá do carinha que vai lá longe atrás da mocinha... Pra falar não sei o quê?

Pois é! Assim que me senti.

Ah! Não gosto dessas coisas de despedidas... Não agüento muito não.

Deu uma vontade danada de fazer alguma coisa... De dizer: “vai não”

Deu sim ,doeu. Doeu uma vontade danada, vontade dói às vezes sabia?

Vontade de sentar ali, bem ali naquela hora sabe? À hora de virar as costas e fingir que não estou nem aí? Mas não sentei. Saí fingindo não estar nem aí.

Fingi.

Tudo fingimento.

Sabe o que fiz depois?

Fui reto, por ali mesmo. Depois subi às escadas, na hora da escada deu vontade de voltar, mas era preciso fingir e rir. Fui.

Depois fiz tudo normal. Vim pra cá!

E você como fez? O que foi?

Estranho essas coisas assim! Sei lá!

Mas será bom, assim, desse jeito, bom pra você, talvez. Bom pra mim, quem sabe.


"Eu gosto de olhar pra frente, de amar pra sempre o que fica pra trás".



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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ligações.

No meu espaço tem tempo pra você!

Você é quem determina o tamanho do querer que quer.

Quer queira, quer não queira, dizia o Tim, te digo também.

Também tive essas coisas aí, mas não importa, a gente segue, a gente aprende.

Aprende que nem tudo na vida é pra ser escrito, tem coisa que basta ser lida, teus olhos, por exemplo, os leio todos os dias.

Dias como ontem, quero-os sempre, dia que me apresentei, mostrei mais uma lado, mais um pedaço meu, mais uma face dessa incógnita, que sou eu.

Eu, sendo meu, tenho um monte de chatices, que você já observou, mas quem não tem né? Quem tem o privilégio de ser perfeito? Vou sendo assim.

Assim sendo, pego na sua mão e vou tentando mostrar um caminho alternativo, desconhecido por você, um caminho meio estreito, mas suficiente pra andar nós dois.

Dois Beijos e até mais!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Papo furado moça!

Não menina! Não queira ser isso aí.

Sei que você não é esse mar de sal que diz ser...
Sei que não é esse azedo todo, eu sei e sinto.

Tu é doce! É sim, e essa doçura brota, perfuma... Quem você quer enganar?

Esse papo de ser racional.
De aprender com os erros do passado.

BA-LE-LA!

Vamos liberte-se.

Ó... Meus braços estão cansando, ainda estão abertos, só não sei até quando.

Às vezes passamos por determinadas situações que nos fazem agir de maneira que não condiz com nossa natureza, eu sei, também passei por algo parecido lembra que te falei?

Porém...

Isso não justifica querer ser algo que não somos.

Seja você menina bonita.

Deixe o mel escorrer... Será bom!

Já estou querendo ser Zangão.




“... em ti eu consigo encontrar, um caminho, um motivo, um lugar...”.



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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Bifurcado.

Minha cabeça ta meio zonza!

Calor será? Será?

Acordo com ela rodando, levanto, ela me derruba. Caio na cama (decúbito ventral, chique não?), às vezes nem consigo levantar daqui.

Mas vou andando como diz o figurino, fingindo não ser comigo.

Assim, vou me esquivando das coisas, dos problemas, dos obstáculos, vou me acovardando... Vou me ignorando.

Isso lá é bom?

Cabeça boba essa minha.

Preciso tanto de uma coisa...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaval nosso.

Dessa vez trouxe mais algumas coisas... Além daquelas lá, trouxe também alguns remédios, sim, nunca se sabe. O banco parece menor, mas é impressão, agora não estou só, tenho companhia pra observar as coisas...

“Mas que calor ôuôô...” Tem até marchinha aqui, legal né?

Além da caixinha de remédios, trouxe um isopor cheio de cervejas, trouxe algumas canções. O livro ta com uma página marcada. Deixei naquele capítulo dos meus recalques... Da minha confusão de sentimento. Quer que eu leia agora? Deixo pra depois então.

O livro é longo... E chato, te garanto.

Gostou daqui? Eu gosto desse banco, gosto de olhar pra lá!

Você percebeu como o povo passa e não vê a gente aqui? Por isso gosto.

Gosto de ver... Pra onde você ta olhando agora?

Ah! Eu também gosto de olhar assim... Sem ver nada!

Que horas são?
Gostou da esfiha?
Gostou do suco?

Essa Skol pequena parece que é mais gostosa né?

Ai ai...

Venha! O sinal está aberto pra nós... Vamos reto, por ali.


"Voa coração, a minha força te conduz".



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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Chave mestra

Eu nem sei mais onde coloquei as chaves!

Procurei nas gavetas de sempre, nada. Procurei nas gavetas de nunca, nada também.

Bolsos e bolsas, não!

Revirei tudo! Achei sapato velho, meia suja, anotações vencidas, ração do Logan mofada, mas as chaves... Nada!

Achei uma chave pequena, tentei abrir, mas ela quebrou, não agüentou minha ânsia.

Será que as chaves, prevendo o futuro fugiram? Mas sempre fui tão bonzinho com elas.

Opa! Ouvi um barulho nesta caixa, barulho de chaves... Dentro da caixa alguns K7’s (lembram-se?) BASF 60 amarelinha, um monte de fita, entre elas achei a chave.

Apertei contra o peito, respirei fundo apontei pra você e abri!

Duas voltas, estava bem trancada.

Abri, descobri um mundo novo, meio preto & branco, às vezes triste, às vezes feliz!

Mas é novo, é sim.

Agora ando com a chave pendurada no pescoço, não perco mais, não me perco mais.


Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranqüilo. Deixar o seu amor crescer e ser muito tranqüilo. Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar. Faca amolada”.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

E agora? (bicho do mato)

Não gosto de jóias, nem de coisas, nem de anéis.

E agora?

Não sou daqueles que podem chegar aos lugares e fazer o que os de cavanhaque e carros importados fazem.

Não posso, e agora?

Não sei falar a língua dos sujeitos que moram aí por perto, não sei beber em taça diferente nem falar o nome daquelas comidas.

Sou bicho será? E agora?

Não uso aquelas camisas dos moços do fórum, não trabalho em escritório nem sei usar Marlboro.

Não sei! E agora?

Moça! Escute aqui, na minha carteira tem uma identidade, uma cartão de estudante pra pagar meia entrada e um cartão de crédito que não posso usar.

Não tenho! E agora?

Mas olha só! Tenho uma coisa aqui dentro do peito, que bate uma a outra “faia”... Quando bate, bate de verdade, sem mentira nem hipocrisia, quando gosta, gosta mesmo viu? Sou desse jeito que você já viu, não espere muita coisa não, é isso, já acabou.

Espero que me entenda, um dia.

Pode ser agora?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

As pequenas coisas. (que são grandes).

Muito a sentir pouco a dizer. Assim a gente vai levando, olhando e sentindo.

Nos pequenos detalhes é que aprendemos as razões de algumas coisas... Perceber o dissimulado, perceber o que vem pouco, que vem de leve.

Isso é, pra mim, a grande sacada da coisa.

Perceber o imperceptível. Realização pura.

Cada olhar distraído
Cada toque sem querer.
Cada palavra pensada.

Assim a gente vai levando, desse jeito leve, natural.

Ontem teu olhar me falou algumas coisas, coisas que me fizeram acreditar numa coisa ainda maior.

Já disse antes que adoro a linguagem do olhar né? Pois é! E o teu diz tanta coisa bonita pra mim... Ah! Se você soubesse...

A árvore ta ficando grande, as raízes entrando cada vez mais nas profundezas da terra. A sombra ta boa... Ta dando uma vontade danada de ficar aqui pra sempre.


Calma alma minha... Calminha, você tem muito o que aprender

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Já plantei, agora falta você.

Vou plantar uma árvore grande, daquelas de amarrar corda pra gente se pendurar.

Vou plantar uma bem aqui.

Terei sombra, farei contato com ela... O que será que ela vai dizer?

Quero abraçá-la.
Quero sentar sob ela e nadar (nadar de não fazer nada).

Quando ela estiver triste vou ficar perto, sentar no galho mais alto e ouvir as mágoas.

Quando eu estiver triste, sei pra onde correr, vou subir nos galhos do meio, escondidos nas folhas, quero ficar a sós contigo.

No outono te aquecerei, recolherei teus pedaços caídos no chão, acenderei uma fogueira próxima a você. Ficaremos ali, sentados contado estórias.

Na primavera te olharei lá de longe, quero te ver por inteira bonita e colorida, deixarei curtir teu momento, se precisar é só chamar.

Vou plantar você aqui comigo.

Quero a sombra de um dia bom.
Quero a sombra de uma noite nossa.

Quero à sombra da minha amiga árvore, ver teu olho no meu.

Quero assim, pode ser?

Comece então, já comecei.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Passeio.

Vai indo que eu já vou...

Vou no meu passo, vou no meu tempo, uma hora dessas eu chego.

De vez em quando olhe pra trás, certifique-se da minha presença. Juntei aquele monte de cobrança que sempre faço, juntei tudo e coloquei naquele cesto de lixo ali, ó!

Percebi, assim do nada, no banho mesmo, percebi como eu tenho que jogar algumas coisas fora... Fazer uma faxina, pois é, estou fazendo.

Já foi um monte de coisa, ainda deve ter mais alguma coisa espalhada por aí, mas desse jeito que to agora, tenho certeza que irá notar e gostar.

Reciclado, limpo e banhado.

Viu? Falei que eu ia logo atrás, continue...

To indo aqui do meu jeito, tropeçando no piso irregular... Parando pra amarrar o sapato, pensando em voltar... Mas só penso, não volto.

É tão legal te ver desse ângulo... Teu cabelo faz um desenho bonito quando anda... Tem o pé torto né? Acho tão linda.

Opa! Assustou-se né? Não me viu! Estou aqui do outro lado, atravessei a rua, desse lado aí ta muito quente, to andando seguindo as sombras das marquises.

Mais uma lixeirinha aqui, acabei de colocar mais uma sacola de coisas... Ta ficando bom esse passeio.

Continue... Ande, estou adorando te seguir.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Suba!

Vendo daqui de cima a coisa parece feia! Mas pode nem ser tanto assim.

Vou jogar uma corda, será que você vai querer subir?

Repare que não estou no topo, não, ainda tem um mundo lá pra cima, eu apenas estou um pouco mais alto, mas esse um pouco mais alto é o suficiente pra te trazer de volta e te mostrar um outro lado das coisas.

Vamos! Deixe de bobeira e agarre logo esta corda, meu braço ta cansando.

Por que você ta levando as coisas por esse caminho heim? É sempre assim?

Venha aqui onde estou, olhe daqui, veja como é feio aí embaixo aproveite e olhe pra cima e veja como ainda tem um mundo pra gente subir.

Tem! Tem um mundo ainda lá pra cima, venha!

Queria subir, mas não só. Queria ta lá com você. Nós dois e o resto do mundo (como diz a música).

Mas...

É preciso que você queira vir comigo, é preciso que segure à corda, é preciso força para içar seu corpo, é preciso.

Se preferir ficar aí embaixo... Fique, vou fazer pirraça, vou comprar uma lanterna super potente e ficar te iluminando, trocar a bateria e iluminar de novo, serei chato (mais do que já sou), mas não te deixarei no escuro, não mais.



Mesmo na luz não há quem possa se esconder do escuro



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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O lado de lá.

A maré contra, vem, bate na gente joga pra trás. O barco é velho, tem um furo no casco, a gente leva uma caneca pra jogar água pra fora, a cada duas remadas, ganhamos um brinde de uma pra trás.

E vamos nós...

O negócio é olhar, mirar e remar.

Só tenho um remo, fico revezando os lados, às vezes, a cabeça no mundo da lua esquece de revezar, remo de um lado só, o barco anda em círculo, demoro horas para notar... E assim vou levando.

Remo, tiro água com a caneca, inverto o lado e miro.

Meu objetivo é o lado de lá.

Tem dia que tem sol e o mar é tranqüilo... Há dias em que a chuva impera, vem onda, sofro. A onda vira o barco, me agarro na corda e amarro no meu colete salva-vidas, o barco virado vai me puxando, eu nem ligo, amarrado e boiando, tiro sarro da onda e deixo ela passar. Quando tudo se acalma, desviro o barco e sento nele... Sigo na lida.

Uma hora eu chego e o lado de lá vai ser bem mais legal.



E se já não sinto teus sinais, pode ser da vida acostumar, será, Morena?”



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