Escrever a lápis é bom porque depois a gente apaga. Mas, desde pequeno, nunca gostei de escrever a lápis, sempre preferi caneta. Mesmo rasurando tudo depois.
No Primário, quando a gente só faz conta, usava o lápis o dia todo. Péssimo. Eu achava o lápis difícil, meio pesado, prendia na folha, tinha que colocar força.
Coisa pesada.
Coisa que prende.
Coisa com força!
Não é minha cara.
Aí! Devido a minha dificuldade com o lápis (mesmo apontado, mesmo Faber Castell), eu usava caneta. Sim! Mesmo na matemática, eu borrava tudo, rasurava, riscava, pra alegria dos professores.
A caneta era mais leve, corria suave na folha, sua tinta era forte.
A caneta me ensinou a ter cautela, pensar antes de escrever, aplicar menos força.
Com o tempo fui aprendendo e pouco rasurava, mas quando o fazia, sem nenhuma cerimônia, riscava tudo, ficava aquele borrão.
Nas provas, redação pra nota, trabalho em dupla, tudo riscado. Bem bonito.
E fui levando assim, sem rascunho pra ensaiar, sem papel pra fazer conta.
Era assim: pensando, fazendo, errando, riscando.
Depois inventaram o líquido corretivo, eu até usava, mas não tinha o mesmo charme das rasuras dos riscos. Só usava o ERROREX nas provas. Nas lições diárias era tudo riscado mesmo.
E vou levando assim até hoje. Escrevendo, errando, riscando. Sempre a caneta, pra arriscar mesmo e depois, se eu errar, RISCO TUDO, bem riscadinho.
“Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel, num instante imagino uma linda gaivota voar no céu...”.
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também risco...mas não muito "riscadinho"...que é para não esquecer "do erro que cometi".
ResponderExcluirJr! ainda bem que inventaram o word meu querido, senão eu seria uma artista plástica de tantos rabiscos em folhas, e folhas, e folhas...
ResponderExcluirVai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí ,Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul...
Beijoooo
eu jogo o papel todo o fora.
ResponderExcluirVocê anda inspirado... estou gostando de ver!
ResponderExcluirSó estou triste com a birra do meu msn...
E quem está ganhando essa briga? O lápis ou a caneta??!!
ResponderExcluirAmei refletir sobre esse texto!!!Lindo o que escreveu...
Sabe que nunca me permiti os rabiscos, Ju?
ResponderExcluirComo também não gosto de consertar, geralmente começo tudo de novo...não sei se é a atitude mais certa, mas sempre fui assim.
♪ "Sem pedir licença
muda a nossa vida
e depois convida
a rir ou chorar..." ♫
Fato. Que seja assim, então.
DQLS.
ℓυηα
É a caneta traçando sua vida...assim, sem muito concerto. A vida a genet não sabe apagar, a gente só pode tentar desfazer os erros com as atitudes...mas ficam sempre as marcas.
ResponderExcluirMeu diário é assim...escrito a caneta e espontâneo.
beijos....
Não gosto de usar corretivo...aff. Prefiro riscar, jogar tudo fora e pegar uma nova folha.
ResponderExcluirabraços
Hugo
Vc escreve muito bem sobre quando era criança. Dá até a impressão que estamos vendo com seus olhos. Ou que fui sua amiga de colégio e via vc rasurando o caderno. O que quero dizer é que vc dá uma realidade muito grande ao que descreve. Parabéns. Vc tem boa memória? é por isso que lembra da guerra entre a caneta e o lápis?
ResponderExcluirEu também ficava em dúvida entre caneta e lápis. Não gostava de rasurar.