A melhor roupa, horas em frente ao espelho, esta sandália não "tá" boa!
Trocas de sandálias, troca de vestido, opa! Esse "tá" bom.
Barba feita, camisa nova, esse relógio é legal! Cabelo penteado, o carro limpo.
Colegas esperando, o carro chega e todos vão.
Chegam do mesmo jeito, os olhares a procura dos alvos, alguns olhares se cruzam, mas sóbrios são incapazes. Estão prontos para a luta. Uma vez lá dentro, da guerra, todos são iguais. Não são as mesmas pessoas, se modificam, ninguém ali é real, eles são atores representando um papel, tem a tímida, o conquistador, a intectual, o amigo, a compreensiva, o atirado; Tudo papel, tudo representação.
As vezes é bom ir, lá podemos perceber essas coisas, como somos diferentes um do outro, mas ao mesmo tempo tão iguais. Adoramos representar, é um crime ser quem é.
Quem consegue se manter sendo quem realmente é, não é notado. Alguns preferem assim, ficar no anonimato observando ao teatro, fantoches, manipulados pela cordinha da representação.
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