sábado, 25 de abril de 2009
Abra.
Não! Não vou mostrar, vou ficar por aqui, nem tente me esperar.
Olhe para trás e me verá, estou por perto, não faço barulho, nem quero ser notado.
Não vou chamar sua atenção. Vou ficar aqui comigo, se quiser se aproximar será bem-vinda, conto minha vida, conto como eu sou, você perceberá que a sorte te encontrou.
Quando quiser me falar te ouvirei, quando quiser ouvir me calarei. Sou assim, meio sem sentido, meio sem fim.
Não me escondo, não tenho medo, não faço questão dessas coisas aí! Queria que percebesse assim, que não abro mão de ser pra mim. Já sei o que sou, não preciso mais provar.
Não me faça sofrer, não entendo seu mundo, mas queria que entendesse o meu.
Não entendo seus sinais, não caio em armadilhas, não arrisco, prefiro ficar aqui, não vou correr o risco de me afogar, não quero me perder, não quero te pertencer.
Acho que sou como todo mundo, mas não desse mundo, não entendo esses jogos, não entendo essas regras, como não sei dizer isso na sua língua prefiro ficar aqui, no meu canto e se por ventura você entender o que sinto, por favor, me diga, venha correndo! Vou estar aqui onde sempre estive.
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