sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Garapa.

Garapa! O nome da surra que levei nesta Quarta-feira. Pra quem não sabe é o novo filme de José Padilha, o mesmo de Tropa de Elite, ônibus 174 e tal.

Acho que o cara se especializou em mexer na ferida mesmo. Ele deve ser fã de carterinha do Datena. Devia ter orgasmos vendo AQUI E AGORA. (programas de televisão que só mostram desgraça). Espero que suas denúncias tenham resultado.

Mas não estou aqui pra falar dele, do Padilha, queria escrever sobre o Garapa.

O filme mostra o cotidiano de três famílias pobres, paupérrimas, que vivem no interior do Ceará. A fome é uma companhia das 24h da vida do povo. 24h que parecem 48h imagino eu, o tempo deve ser uma tortura, o que é aquilo? Que mal àquelas crianças fizeram aos seus pais? Por que foram geradas?

Os pais desesperançosos, sem trabalho, sem comida, sem vida, se entregam à bebida, passam os dias bêbados, as mães se viram pra criar os filhos, OS FILHOS, uma das famílias, a mãe tem menos de 30 anos e 11 filhos. Sim 11. O mais velho deveria ter uns 13. O filho mais novo era o alimento das moscas da casa, cena terrível.

Pra mim doeu forte demais, o que é aquilo gente?

Hoje almocei sem vontade, tanta comida na geladeira. Quão medíocres somos.

Quando foi perguntado ao pai dos 11 filhos, o porquê de tanto filho? Como ele iria criar se caso nascesse outro.

Ele respondeu: “Deus cria”

Chega.

4 comentários:

  1. Quero assistir nao. ¬¬

    morri aqui, chorei por dentro, por fora.
    =~~~~

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  2. Aqui infelizmente é muito difícil achar filmes brasileiros.
    Fernando Pessoa sim, mas por favor, não fique convencido, hein? rsrs
    Quero que continue escrevendo essas verdadeiras jóias com naturalidade. Não ligue para mim.
    Lendo o seu texto de hoje vejo que vc é sensível. Nós sensíveis sofremos muito, não?
    bj

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  3. Mais do que imaginei quando voce me contou... Exessivamente triste.

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