sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Viva o Diógenes.

Tento ser Diógenes, mas não dá! Não consigo ser tão desapegado, cínico como o velho do barril.

Envolvo-me, essa capa “Diogenética?” É só uma farsa, me apego e por me apegar é que sofro.

Segundo a lenda, Diógenes, era um filosofo que vivia num barril. Seus únicos bens, além do barril (casa), era um cajado, uma túnica e uma tigela. É! Diógenes era desapegado, seu desapego não lhe permitia sofrer.

Não! Definitivamente não consigo ser assim, tento, tento. Mas não dá. Cada envolvimento é um sofrimento, me entrego rapidamente, quando percebo já estou num grau avançado de “entreguidão?” Talvez, se eu fosse mais sensato, frio, homem do barril, não tivesse sofrido tanto ou causado algum sofrimento. Vou comprar um barril.

Será que conseguirei abrir mão de ser o que sou? Ser quem eu sou?

Não! Creio que não.

Vou sendo assim mesmo, não viverei num barril, me desculpe Diógenes, entendo seu lado cara... Mas pra mim não vai rolar.

Vou me entregando, por aqui, por ali, um dia vai dar certo.

Até mais, amigo do barril.

Um comentário:

  1. Será mesmo que a "entreguidão" é algo assim tão ruim? Creio que não....à luz das minhas experiências pessoais, e até mesmo por mera observação,tenho notado que as pessoas que não se apegam, nem ao menos se inclinam um pouco a adentrar o outro, são as que mais perdem, pois vivem à margem da vida....Viver requer certos mergulhos, por isso acredito que só quem tem a coragem de explorar com intensidade cada momento, cada sentimento, seu ou de outrem, pode se considerar um ser "vivente"...

    Beijos...

    Luci...

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