segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Encontro.

Às vezes o vemos brilhando, dali de cima é Rei, senhor dos senhores, comanda o jogo com maestria, sempre sabe o que fazer e o que dizer, mas, o mais importante, não enxergamos, sua verdadeira face...

“Prazer em conhecer, adivinhem meu nome!” Ele grita.

Dos tormentos.
Das dores.
Desilusões.

Tentando se conectar ele abusa das flores, diz que flor é um ótimo artifício pra esconder algo podre que há dentro de nós.

Flores e dores, par ideal.

Na ponta de um iceberg, próximo a um abismo, no alto de um galho ele ora.

Pede pela vida lhe tirada tão cedo. Ele a quer de volta.

“Voltem, devolvam, tragam o que é meu!” Ele chora.

Na sua altivez de sempre, seu olhar certo de quem nunca vacila ele segue.

Julga.
Instrui.
Determina.

No silêncio da sua solidão ele renova. Joga o az. Faz a canastra.

No dado é seis na certa.

Ninguém entende sua dor. Dor de um homem só.

“Um dia chegará minha vez, devolverei na mesma moeda cada olhar atirado contra mim” Ele jura.

Vamos o conhecendo, a cada dia, a cada passada por um espelho... Quando o encontrar na próxima vez, não olhe apenas, sinta-o. Ele estará ali.

Um comentário:

  1. Meu, sinceramente, não quero esse encontro para mim! (sorrio)

    *Entre o sonho e a realidade eu prefiro a realidade que me permita sonhar. http://jefhcardoso.blogspot.com

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