A navalha na carne!
O sangue que escorre, foge, se enfia ralo adentro. Não me quer. Meu próprio sangue foge de mim!
A tragédia, o pânico, o horror! Aconteceu.
Tirei a barba!
Medo, desespero, a cada passada da navalha, um pedaço de mim era arrancado.
Fui decepado. Sinto-me Eunuco.
Os belos fios escorrendo pela mão espumada, atirando-se do cotovelo, saltando rumo ao incerto, rumo ao ralo.
Quanta dor.
Sangue! Poros! Cravos! Cenas de um filme a ser esquecido.
Um grande pedaço de mim se foi, será que ele volta?
A barba cresce, mas as cenas, a gente não esquece.
A mudança. A cara pálida. A boca grande. Tanto espaço.
Traumático.
Suicídio. Cometi um tipo de suicídio. Estou meio morto agora. Pálido, porém vivo.
Mas a barba cresce, e tudo começa outra vez... Até a próxima morte.
Adoro esses paradox suicidas, o barato é se sobreviver depois de cada morte.
ResponderExcluir:)
Saudade dos teus olhos sobre minhas letras. Espero por tua visita, ansiosamente.
ResponderExcluirCom carinho e folhas secas.
Simplesmente Outono.
Ow, que dramático!
ResponderExcluirRs
Rosto lisinho também tem suas vantagens, Ju. ;)
Beijo, bom fds!
* Ah, e beijo para a tua mãe!
ℓυηα
Aprender com a dor é renascer da morte dos próprios sonhos.
ResponderExcluirForça!
Beijo