sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Réquiem.

Sentindo-se vazio ele subiu o mais alto que pôde. Lá de cima ficou mais fácil perceber qual o problema. Comungou! Achou quem tivesse as mesmas idéias. Agora ficou mais fácil entender os porquês das coisas.

Agora as perguntas tinham respostas, ele sentia! Aqui embaixo, no lugar dos baixos, ele não entendia.

A mão de cima acariciava ao invés de punir.
Os olhos de cima falavam ao invés de apenas ver.
O ombro de cima era consolo e não sinal de desdém.
A voz....
A palavra...
Tudo lá de cima era assim, era real, era como ele queria.

Por um impulso tentou correr, não conseguiu. Percebeu que lá em cima não era necessário correr, o andar era suficiente. Tentou gritar, em vão! O tom baixo e a fala pausada era o necessário para ser entendido.

A presença das pessoas era sentida pelo calor, pela energia. Nem era necessário ver alguém, ou ouvir alguém, bastava fechar os olhos e sentir a presença.

E assim, nesse mundo diferente, ele foi... Andou, sentiu. Pela primeira vez na vida ele sentiu o que é estar vivo. Viveu.

Mas....

A vida acabou. E ele acordou e percebeu que tudo não passou de um sonho, agora...

Estava morto novamente.

2 comentários:

  1. Chorei. =~~

    Pois é, hermano.
    Beirut, é lindo, a que eu mais gosto é Nantes.
    ah, tens msn hermano?

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  2. Mas quando estamos nessa presença nos deixa grande, poderoso, iluminado, Ah!é maravilhosos...

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