Na solidão do quarto é que a verdade aparece, o dia camufla e a noite desvenda. O show foi ótimo, foi sim, todos se divertiram. Mas agora é a hora do reencontro, com ela mesma, ela esperava todas as pessoas, menos àquela, ELA. Mas esse encontro era inevitável, barulho lá fora, gritos, músicas, mas agora, no quarto ela estava só! Parede, não fala... Mas ouve, então ela falou, gritou e chorou. O choro não tinha muita explicação, talvez à música tenha lembrado algo ou alguém, talvez chorasse, pois estava só, talvez chorasse pelo simples fato de chorar!
A banheira do quarto de hotel foi sua companheira, a garrafa de wisky sua confidente, e a memória era o livro, a cada página uma lágrima, a cada gole um motivo pra virar a página seguinte.
“come with me
My love
To the sea
The sea of love”
Esse trecho ainda respingava nos seus ouvidos. O mar de amor não existia, apenas a banheira ali, com alguma espuma. A espuma era seu brinquedo, naquele momento, qualquer coisa era um bom motivo pra se distrair. Tentar esquecer o que o show fez relembrar. Enfim o sono chegou, o wisky fez efeito e ela dormiu.
Agora tem mais um show por aí, o quarto ta reservado, o wisky no gelo, a banheira pronta e o coração com a página marcada. Pronta pra ser lida e chorada.
Boa noite moça, bons sonhos!
triste, bonito e triste!
ResponderExcluirJá tive noites assim...e garanto, é horrível!
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Nossa, que lindo!
ResponderExcluirÉ um pouco triste... mas acho necessário este encontro com a gente, com o que sentimos. Um tempo pra refletir, para se permitir. Para se mostrar, sem máscaras. Às vezes, é preciso lembrar para poder esquecer.
Boa semana!
Beijos
Ta escrevendo a biografia da Cat Power é??
ResponderExcluirAhahahaha..
E dessa vez aceitaaa essa porra!