quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sobre as coisas.

Pontuando as coisas por ali; Anda, corre, às vezes chora.
Chora? Sim, ela chora. Não aprendeu ainda como as coisas funcionam.
Pegou a flor e arrancou uma pétala, a flor continuou sendo flor.
Avistou uma formiga, esmagou, a formiga que levava comida pro reino sumiu, restou o pequeno grão no chão, uma outra formiga que passava ali, com suas antenas, verificou a morte da companheira, apanhou o grão e foi.
Neste pequeno segundo ela observou as mudanças do mundo. Flores e formigas, grãos.

O mundo muda o tempo todo, cada minuto, cada segundo o tempo mostra um pouco do seu poder.
Ela sentou, imaginou voar, voou, foi longe. No pensamento trouxe coisas de lá, do longe, quando percebeu o que trouxe se decepcionou, às coisas de lá, são iguais as de cá, não precisava nem ter voado pra tão longe. De cima viu pessoas, mas também eram iguais, todos iguais, mundos iguais.

Boba! Ele disse. Quanto tempo vai demorar pra perceberem que o mundo é um, e vocês são iguais?

Ela se assustou com a Voz... Mas, mesmo assim, continuou a chorar

3 comentários:

  1. Mas o que vale é o voar, não necessariamente o que você traz de lá.
    Spinoza diz que a cada mudança, é o fim do mundo como a gente conhece. Às vezes o mundo precisa acabar, sabe?

    Beijos

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  2. Se ela continua a chorar, é porque nao precisa das coisas nem de cá nem de lá.Ela precisa aceitar a voz...

    Então que se acabe!Oras.

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  3. Muito obrigada queridO!!
    Já me sinto melhor, quanta
    IMperfeiçao...

    :D

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