quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Passeio.

Lá no plano alto a gente se sente meio diferente, sei lá, não sei se é a secura do clima, ou a falta de fio, ou a falta de calçada, ou o amor dos nossos, ou as cigarras gritando, ou se é tudo coisa da nossa cabeça.

Não sei o que é! Só sei que me sinto diferente.

A gente anda pra lá, pra cá e bebe, e anda, e come, e dorme, e vê, e ouve... Tudo muito diferente, pra mim... Aqui, no plano baixo, no nível do mar, faço tudo isso também como lá, mas aqui não é igual, lá parece ser mais legal.

E a gente que achava que tudo era assim. Não, não é!

Por que a nuvem tem buraco?
Por que aquela estrela nos segue?

Nuvem parece algodão, porém, quando a gente passa nela tudo treme, então, não é fofinha como parece, é dura que nem pedra.

Nuvem de pedra.

Por falar em pedra, a cidade projetada e feita de pedra não é dura como a nuvem, só é dura entre dez da manhã e três da tarde, fica um sol duro na cabeça da gente... Depois das três tudo fica mais suave e quando a noite chega a suavidade alcança o ápice.

Que coisa, né?

A estrela veio junto, será que ela sempre faz isso? Acompanha os outros, fica voando, indo e voltando?

Que bonita, né?

É bom cumprir mais uma etapa do trajeto, estar no rumo.

2 comentários:

  1. As vezes é preciso mudar a rota.

    Saudades de ti.

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  2. Acredito que de tanto caminhar, vamos percebendo este estar no rumo, ou seja, cada dia uma nova etapa de um trajeto rumo a não sei o que, mais avante!

    Ju

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