sábado, 19 de fevereiro de 2011

Balanço do mar

Balance por aí. No balanço do barco que parte. Barco que me deixa só.

Balance!

Não fui aí, pois, sabia que o balanço do meu coração iria afetar tudo, atingir meus olhos, eu não conseguiria suportar, a lágrima iria balançar até cair. Não quis isso.

“Até sangrei sozinho, entenda”.

Preferi ficar aqui, imaginando você aí, os teus, o mar.

Ta balançando muito?

Acho que ainda nem partiu, ainda respira o mesmo ar que eu? Esse ar quente daqui. Quando estiver respirando outros ares, irá lembrar de mim?

No balanço do teu andar.
No balanço do teu olhar.

Balanço-me daqui, balanço de saudade, de pressa, esse tempo que não passa.

Eu sei que ainda nem foi, mas por favor, volte logo!


“Quem no balanço do mar caminha num baque só. Quem no balanço do mar caminha num baque só. Vida que é doce levar avisa de lá que eu já sei, todo balanço que dá neste navegar, naveguei.” (camelão)

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