Lá no plano alto a gente se sente meio diferente, sei lá, não sei se é a secura do clima, ou a falta de fio, ou a falta de calçada, ou o amor dos nossos, ou as cigarras gritando, ou se é tudo coisa da nossa cabeça.
Não sei o que é! Só sei que me sinto diferente.
A gente anda pra lá, pra cá e bebe, e anda, e come, e dorme, e vê, e ouve... Tudo muito diferente, pra mim... Aqui, no plano baixo, no nível do mar, faço tudo isso também como lá, mas aqui não é igual, lá parece ser mais legal.
E a gente que achava que tudo era assim. Não, não é!
Por que a nuvem tem buraco?
Por que aquela estrela nos segue?
Nuvem parece algodão, porém, quando a gente passa nela tudo treme, então, não é fofinha como parece, é dura que nem pedra.
Nuvem de pedra.
Por falar em pedra, a cidade projetada e feita de pedra não é dura como a nuvem, só é dura entre dez da manhã e três da tarde, fica um sol duro na cabeça da gente... Depois das três tudo fica mais suave e quando a noite chega a suavidade alcança o ápice.
Que coisa, né?
A estrela veio junto, será que ela sempre faz isso? Acompanha os outros, fica voando, indo e voltando?
Que bonita, né?
É bom cumprir mais uma etapa do trajeto, estar no rumo.
As vezes é preciso mudar a rota.
ResponderExcluirSaudades de ti.
Acredito que de tanto caminhar, vamos percebendo este estar no rumo, ou seja, cada dia uma nova etapa de um trajeto rumo a não sei o que, mais avante!
ResponderExcluirJu